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sábado, 11 de agosto de 2018

Cátaros, albigenses... Servos de Deus ou hereges?


Hereges cátaros são expulsos de uma cidade
Pessoal, o objetivo dessa postagem é refutar um mito ridículo que circula entre os evangélicos, no que diz respeito á História da Igreja. Sabemos que muitos evangélicos odeiam a Igreja Católica Romana, insistindo em que nada pode sair de bom dela. Então, ao serem indagados onde estavam antes da Reforma, não podendo admitir que havia salvação na Igreja medieval, inventam uma suposta sucessão de igrejas fiéis, da época de João Batista até o dia de hoje. Tal teoria é conhecida como “teoria do rastro de sangue”, e foi criada por um pastor batista. Um dos supostos grupos fiéis, que floresceu nos séculos XI-XIII, seria o dos cátaros (ou albigenses). Mas uma pesquisa acurada em obras históricas, teológicas e de referência derruba esse mito. Os cátaros eram, na verdade, hereges dualistas e gnósticos, que afirmavam a malignidade da matéria, a existência de dois deuses e a reencarnação. Vejamos o que muitas obras afirmam sobre eles:

“Eis o movimento cátaro, que não deve ser visto tanto como uma heresia, mas como uma renovação religiosa, já que está baseado no dualismo pagão do Antigo Oriente, talvez até pré-cristão(...) uma religião que via o corpo e todo o mundo material como uma criação de Satanás, que condenava o casamento e os filhos como essencialmente pecaminosos(...) Os maniqueus, o que funda mentalmente eram os cátaros, eram vistos tanto por pagãos quanto por cristãos como inimigos da raça humana.” (DAWSON, Cristopher. In: A Formação da Cristandade. É Realizações). 

 "A doutrina dos cátaros baseava-se em um dualismo que afirmava a existência de dois princípios: o do Bem, criador do mundo espiritual, e o do Mal, criador do mundo material"(Grande Enciclopédia Larousse Cultural. Ed. Nova Cultural).


"(...) os cátaros (na França, albigenses), ligados e talvez até derivados dos "paulicianos" e dos "bogomilos"(...). Reencarnações do antigo maniqueísmo, do dualismo mais extremado entre o bem e o mal(...)(PIERINI               , Francisco. In: A idade média- Curso de História da Igreja.Ed. Paulus).

  "ALBIGENSES. Uma seita dualista, também conhecida como "cátaros" ou os "puros", que tem possíveis conexões com o maniqueísmo.(...)"(GONZÁLEZ, Justo In: Breve Dicionário de Teologia. Ed. Hagnos). 

 "O albigensianismo, seita medieval dualista, é o derradeiro herdeiro do ensinamento maniqueísta(...) Eles ensinavam que havia um deus de luz (espírito) e um deus de trevas (matéria)...Eles também repudiavam o ensino ortodoxo a respeito de Cristo porque não acreditavam que o Filho de Deus pudesse encarnar como homem."(In: Novo Dicionário de Teologia. Ed. Hagnos).

 “Os cátaros distinguiam-se das seitas desse período pelo caráter dualista de sua doutrina.“Dualismo, nesse sentido, significa a crença de que a bondade existe somente no mundo espiritual do deus bom e que o mundo material é mau e foi criado por um deus mal ou espírito chamado Satã. (FALBEL, Nachman. In: Heresias Medievais. Ed. Perspectiva). 

 “Heresia maniquéia dos séculos XI-XIII que afirma a existência de dois princípios eterno, o bem e o mal, em luta no mundo. Do primeiro procede o mundo invisível dos espíritos e do segundo a matéria.” (Dicionário Cultural do Cristianismo. Ed. Loyola).

 “Mas os cátaros e seus oponentes católicos concordavamem uma única conclusão, mesmo que concordassem em muito pouca coisa mais: que a doutrina dos cátaros foi mais contundente em sua divergência com a ortodoxia católica, até mesmo mais do que os mais radicais dos ataques contra a igreja e suas estruturas, penetrando no próprio cerne do monoteísmo católico, incluindo as doutrinas da Trindade e da pessoa de Cristo.
 “Tanto a literatura confessional dos próprios cátaros quanto os escritos dos católicos contra eles indentificavam a percepção dualista de Deus como o principal dogma deles. “Eles dizem que existem dois deuses” (Ebr. Antihaer.5)” (PELIKAN, Jaroslav. In:Tradição Cristã: O desenvolvimento da Teologia Medieval. Shedd Publicações.) 
 

“Algumas variedades de heresia eram comuns nestas áreas, especialmente o dualismo (catarismo), cujos seguidores pertenciam à escola de pensamento dos antigos gnósticos e maniqueus. “ (CHADWICK, Henry e EVANS, G.R. In: Igreja Cristã. Ed. Folio)

  “Os cátaros (“os puros”) eram conhecidos na França como albigenses, da cidade de Albi, no Languedoque, um centro de sua força. Eles continuaram o dualismo que chegou aos maniqueístas (os cátaros regularmente eram chamados de “maniqueístas”) e foi transmitido à Europa pelos bogomilos (...)”
 “(...) De acordo com o dualismo do espírito e matéria, os cátaros condenaram a carne e a criação material como algo mal.” (FERGUSON, Everett. In: História da Igreja: Dos dias de Cristo à Pré-Reforma. Ed. Central Gospel.)
 

 “Os albigenses asseveravam a co-existência de dois princípios mutuamente opostos, um bom, e o outro mal. O primeiro é o criador do mundo espiritual, e o segundo do mundo material. O principio mal é a fonte de toda malignidade; fenômenos naturais, tanto os ordinários como o crescimento das plantas, ou extraordinários como terremotos, assim como desordens morais (guerra), devem ser atribuídos a ele.” (Catholic Encyclopedia)

 “Os cátaros professavam um dualismo neo-maniqueu – existiam dois princípios, um bom e o outro mal, e o mundo material é mal. Similares visões foram sustentadas nos Balcãs e no Oriente Médio pelas seitas religiosas medievais dos paulicianos e dos bogomilos.”“(...) todos eles concordavam que a matéria é má.” (Encyclopaedia Britannica). 

 DEPOIS DISSO, SÓ POSSO DIZER:

 

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