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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Quaresma

A Quaresma já era observada pelos cristãos há mais de 1200 anos antes de existirem católicos romanos e protestantes.Surgiu nas comunidades cristãs primitivas devido ao costume de observar-se um período de preparação para a Páscoa,com um período dedicado ao auto-exame,arrependimento,jejum e oração.
Neste período de 40 dias ou "Quaresma",as pessoas imitavam o exemplo de Jesus,que passou 40 dias no deserto em luta espiritual(Mateus 4.1-11;Marcos 1.12,13;Lucas 4.1-13).
O período da Quaresma destinava-se também à preparação intensiva de candidatos para o batismo,ministrado no amanhecer do domingo da Páscoa.Sob a pressão por um mundo secularizado que afasta Deu do centro da vida e que descarta como obsoletos seus mandamentos,o cristão de hoje necessita de um período como a Quaresma para ajustar o rumo de sua vida à luz das Escrituras.A Quaresma nos convida a acompanharmos Jesus no caminho da cruz,aprendendo com ele a carregar a cruz do seu discipulado,num contexto social que nega sua doutrina e exemplo de sacrifício próprio para o bem dos outros.
É costume recente em igrejas reformadas,no domingo que antecede o início da Quaresma,celebrar-se a transfiguração do Senhor.A transfiguração marca o ponto decisivo no ministério de Jesus,depois do qual,ele "manifestou no semblante a intrépida resolução de ir para Jerusalém" e sofrer o sacrifício da cruz(Lucas 9.51)
A Quaresma começa na Quarta-feira de cinzas,assim chamada por causa da tradição bíblica de usar cinzas como símbolo de tristeza,arrependimento e humildade,e termina na véspera da Páscoa.
Os domingos nestes 40 dias,são,"na" Quaresma e não "da" Quaresma.Isto,porque o domingo,que sempre comemora a ressurreição de Jesus,nunca deve ter aspecto de tristeza.

Extraído do Manual do Culto,da IPIB.Editora: Pendão Real

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O batismo infantil é uma prática biblicamente correta?



Uma das questões que existem na igreja evangélica atual diz respeito ao batismo de bebês.Será que ele é legítimo? Ou,será que ele é,como disse um escritor,uma "verdadeira reliquia do papado"? Vejamos:
Nos dias de hoje,em nosso país,a grande maioria dos evangélicos consideram o batismo infantil um erro da ICAR,e que todos os que o receberam devem receber o batismo denovo para se tornarem membros de suas igrejas.Mas nem sempre foi assim.Na época da Reforma, TODAS as igrejas principais apoiavam o batismo infantil.Esse costume é conservado até hoje por elas(luterana,anglicana, reformada continental e presbiteriana).Mesmo outras igrejas surgidas depois,como a metodista,conservaram o hábito.Até mesmo algumas igrejas evangelicalistas o faziam,como a Igreja do Nazareno(hoje em dia,no entanto,esta prática está quase em desuso).Mas,o que diz a Bíblia e o testemunho da história da igreja?
Primeiro temos de observar a origem e o significado do rito do batismo.Ele não foi criado pela igreja,tampouco pelos judeus.Era um costume de povos como os persas.Perto do início da era cristã,alguns grupos judeus(como os essênios)passaram a utilizá-lo,como símbolo de purificação.
Na Bíblia,o primeiro a praticar o batismo foi João Batista,primo do Senhor(Mt 3.1-6).O batismo estava ligado á confissão de pecados e arrependimento.Apesar de ter nascido livre do pecado original e de nunca ter pecado,Jesus recebeu o batismo(Mt 3.13-17),para cumprir a lei e se identificar com seu povo pecador(e assim,inaugurar a primeira fase do cumprimento da profecia de Isaias 53.12).
Jesus foi batizado apenas aos 30 anos! Isso prova que apenas adultos devem ser batizados! Correto? Não.O batismo de arrependimento de João não é o mesmo batismo sacramental ordenado por Cristo à sua Igreja(Mt 28.19).Este último,é um sacramento,conforme diz o credo niceno(adotado pela maioria das igrejas sérias)da remissão de pecados(Jo 3.5).O sacramento de entrada à Nova Aliança(que só foi assinada com a morte de Cristo). Assim sendo,deve ser administrado à todos,pois todos os homens nascem sob o poder do pécado(Rm 3.23),e mesmo as criancinhas estão sujeitas a ele(Sl 51.5).Assim entendiam dois grandes teólogos da igreja primitiva: Cipriano de Cartago(?-258) e Agostinho(354-430).Esses dois homens de Deus defenderam a doutrina bíblica do pecado original,que permeia as Sagradas Escrituras.Hoje em dia,ela é aceita por todas as igrejas sérias no Ocidente.
Mas a Bíblia,mesmo que não usarmos o batismo de João,registra apenas adultos batizados,como o eunuco etíope,Cornélio,Paulo...Não é?: Não...Em várias passagens das Escrituras(At 16.33;At 16.14-15;I Co 11.16) é resgistrado o batismo de famílias.Geralmente,famílias incluem cnanças,ainda mais naquela época,em que o casamento era algo sério e a taxa de natalidade era elevada..Em algumas das traduções da Bíblia,está explícito que crianças foram batizadas nessas passagens.
Em segundo lugar,devemos lembrar que o batismo tem um paralelo com a circuncisão.Assim interpretaram os grandes teólogos ao longo dos séculos.Do mesmo modo que a circuncisão era o método de entrada à Antiga Aliança,o batismo o é para a Nova Aliança.Se crianças eram circuncidadas no AT(Gn 17.11-14),logo devem ser batizadas no NT!.
Alguém poderá dizer: Mas,e as mulheres? Elas não eram circuncidadas! Logo,essa comparação da circuncisão e batismo não é válida,pois,se as mulheres não estavam sujeitas á circuncisão,também podemos deduzir que as crianças não estão sujeitas ao batismo.Mas,vamos analisar bem esta situação:
No AT,porque somente os homens eram circuncidados? Porque Deus escolheu esse sinal? A Bíblia não deixa claro,mas possivelmente temos duas respostas que se complementam:
1)A circuncisão era um ato sangrento.Assim,todos eram lembrados que sem derramamento de sangue não há perdão de pecados(Hb 9.22).
2)O fato do sinal ser aplicado ao órgão sexual talvez represente que é necessário uma força externa para salvar os homens(ou seja,que eles por si mesmos,do jeito que nasceram,não podem salvar a si próprios).
Mas,e o que dizer das mulheres? A maioria dos teólogos reformados tem uma resposta: as mulheres estavam "inclusas" nos seus homens.Assim,quando um homem fosse circuncidado,esse ato valia também para as mulheres relativas à eles.É consenso entre todos que elas eram inferiores aos homens naqueles tempos,diante da Lei.Por isso raramente são mencionadas mulheres nas genealogias,e o Espírito Santo não agia nelas como agia nos homens.Mas,com o advento da Graça,as mulheres tornaram-se iguais aos homens diante de Deus.Para Cristo,não há judeu,nem grego,nem servo,nem patrão,nem homem,nem mulher.Se o Espírito Santo desceu também sobre as mulheres e os corações das fiéis foram feitos templos de Deus,logo elas estavam conquistando uma nova posição de independência espiritual.Por isso as mulheres recebem também o batismo,e são chamadas a servir a Cristo como os homens(não entrarei aqui no assunto da ordenação feminina,pois esse não é o propósito do artigo).Também as criancinhas,tão amadas pelo Senhor,devem receber o sinal da Nova Aliança.
Agora que vimos o significado do sacramento do batismo e os motivos pelos quais não só os fiéis,mas também seus filhos pequenos devem passar por ele,vejamos o que nos diz o testemunho da história da igreja:
Irineu(130-200),discípulo de Policarpo(que foi discípulo do apóstolo João),escreveu que por Jesus,até mesmo os recém-nascidos e crianças poderiam ser salvos e receberem o batismo.Nota-se aí o testemunho de uma pessoa próxima aos apóstolos,de grande dignidade e de uma época em que a igreja era pura(muitos teólogos evangélicos dizem que a igreja começou a se contaminar a partir de 313,com Constantino)
Tertuliano(c. 160-c. 220) registra que o batismo infantil já era praticado nessa época.Para ele,isso era errado.Porque? Assim como em Tertuliano,havia entre alguns teólogos a crença de que o batismo por si próprio tem  o poder de perdoar pecados.Alguns iam ainda mais longe,dizendo que os pecados cometidos depois do batismo erám imperdoáveis.Por isso,quanto mais próximo da morte fosse praticado o batismo,melhor.Mas sabemos que essa visão está totalmente equivocada.A Bíblia diz que Deus ama os seus até o fim.Eles não podem ser arrebatados das mãos de Cristo(Jo 10.28).E o Senhor está sempre pronto a perdoar nossos pecados(I Jo 2.1-2).
Orígenes(185-255) escreveu "A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos".
Cipriano de Cartago,já citado,escreveu especificamente:"do batismo e da graça não devemos afastar as crianças.
A partir do século V,o batismo infantil passou a ser prática totalmente comum à toda a igreja universal.Na Idade Média,as igrejas oficiais(Católica Romana e Ortodoxa) praticavam o pedobatismo.Alguns grupos cismáticos que buscavam a pureza do evangelho(que de acordo com seu entendimento haviam sido corrompidos)como os valdenses,também praticavam o batismo de crianças.
Durante a Reforma Protestante(séc. XVI),a maioria dos grandes teólogos conservou o batismo infantil.Eles rejeitavam a idéia medieval de que os sacramentos eram eficazes por si próprios(ex opere operato) e de que eram totalmente necessários a salvação.Mas compreendiam,cada um a seu modo,que o pedobatismo deveria ser praticado.
Lutero(1483-1546),que pregou a justificação pela fé apenas(sola fide),dizia que o batismo tinha o poder de regenerar,e assim continuou a prática pedobatista tradicional da igreja.
Zuínglio(1484-1531) foi autor de uma Reforma mais radical,em vários sentidos(por exemplo,eliminou as imagens das igrejas,coisa que Lutero não fez).Ele cria que o batismo em águas não tinha poder de comunicar alguma graça,era apenas um símbolo,mas,valendo-se do argumento de que o batismo é para o novo concerto o que a circuncisão era para o velho manteve a prática do pedobatismo,e foi ferrenho opositor daqueles que o negavam.
Já Calvino(1509-1564) propôs um meio-termo entre a visão luterana e a zuingliana.Ele aceitava que o batismo era símbolo.Mas cria também que o mesmo era um "meio de graça"(embora não do mesmo modo que Lutero).Calvino também defendia o pedobatismo baseando-se no argumento da circuncisão.Fortemente influenciado por Agostinho(em cujos estudos encontrou argumentos para defender,entre outras coisas,a doutrina bíblica da predestinação incondicional),dizia que o batismo é um testemunho,um símbolo da remissão dos pecados.Se as crianças já nasciam pecadoras,obviamente deveriam ser batizadas!
A igreja protestante da Inglaterra(Anglicana) manteve também a prática do batismo infantil).
Nos séculos que se seguiram,a discussão continuou a existir.No entanto,os que defendiam e os que condenavam o batismo infantil passaram a viver de forma mais cordial.Por exemplo,nó séc. XVII,o pastor batista John Bunyan(famoso autor de "O Peregrino") recebia em sua igreja cristãos batizados na infância sem exigir o rebatismo.
Hoje em dia,a discussão ainda prossegue.Presbiterianos,reformados continentias,anglicanos,metodistas e luteranos praticam o batismo infantil.Batistas e pentecostais só batizam adultos.
Nós reformados,defendemos o batismo de crianças,visto que o consideramos como bíblico.Conforme diz a Confissão de Fé de Westminster(documento do séc. XVII usado pelas igrejas presbiterianas como explicação de sua fé, baseada nas Escrituras):“Não só os que de fato professam a  sua fé em Cristo e obediência a ele; mas  também os filhos de pais crentes (ainda que só um deles o seja) devem ser batizados”
No próximo artigo sobre batismo trataremos da questão: Qual é a forma correta de batismo?

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Transfiguração de Cristo


Tu te transfiguraste sobre o Monte, ó Cristo, nosso Deus,
revelando a tua glória aos teus discípulos,
tanto quanto lhes era possível contemplá-la,
a fim de que, quando te vissem crucificado,
compreendessem que aceitaste livremente a tua Paixão,
e anunciassem ao mundo que és, em verdade, o Esplendor do Pai.
(Hino ortodoxo)


Hoje algumas igrejas cristãs celebram a Transfiguração do Senhor.Vejamos o que a Bíblia tem a nos dizer sobre esse acontecimento:

"Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um alto monte.
Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz.
Naquele mesmo momento, apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus.
Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias".
Enquanto ele ainda estava falando, uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: "Este é o meu Filho amado de quem me agrado. Ouçam-no!"
Ouvindo isso, os discípulos prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados.
Mas Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se! Não tenham medo!"
E erguendo eles os olhos, não viram mais ninguém a não ser Jesus."(Mt 17.1-8)

"Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou a um alto monte, onde ficaram a sós. Ali ele foi transfigurado diante deles.
Suas roupas se tornaram brancas, de um branco resplandecente, como nenhum lavandeiro no mundo seria capaz de branqueá-las.
E apareceram diante deles Elias e Moisés, os quais conversavam com Jesus.
Então Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias".
Ele não sabia o que dizer, pois estavam apavorados.
A seguir apareceu uma nuvem e os envolveu, e dela saiu uma voz, que disse: "Este é o meu Filho amado. Ouçam-no!"
Repentinamente, quando olharam ao redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus."(Mc 9.2-8)

"Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar.
Enquanto orava, a aparência de seu rosto se transformou, e suas roupas ficaram alvas e resplandecentes como o brilho de um relâmpago.
Surgiram dois homens que começaram a conversar com Jesus. Eram Moisés e Elias.
Apareceram em glorioso esplendor e falavam sobre a partida de Jesus, que estava para se cumprir em Jerusalém.
Pedro e os seus companheiros estavam dominados pelo sono; acordando subitamente, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
Quando estes iam se retirando, Pedro disse a Jesus: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias". (Ele não sabia o que estava dizendo.)
Enquanto ele estava falando, uma nuvem apareceu e os envolveu, e eles ficaram com medo ao entrarem na nuvem.
Dela saiu uma voz que dizia: "Este é o meu Filho, o Escolhido; ouçam-no!"
Tendo-se ouvido a voz, Jesus ficou só. Os discípulos guardaram isto somente para si; naqueles dias, não contaram a ninguém o que tinham visto"(Lc 9.28-36).

Notemos que em Lucas o número de dias é oito,e nos outros evangelhos é seis.Não se trata de uma contradição.Lucas simplesmente somou á contagem de dias o dia em que Jesus falou e o dia em que a Transfiguração ocorreu.
Também devemos observar,na área da apologética,que o texto não serve para apoiar a doutrina espírita.Vamos ver o que diz o comentário da Bíblia Apologética de Estudo:

"Em primeiro lugar,antes de acharmos que o texto em análise apóia a doutrina da comunicação entre vivos e mortos,devemos observar alguns pontos-chave que indicam algo muito diferente: 1) Assim como alguns outros milagres extraordinários de Deus,esse também foi um evento único,sem paralelo,tanto no passado quanto em ocasiões posteriores;algo diferente dos casos espíritas,que se repetem a toda hora e lugar. 2) Não houve invocação de mortos.Em contrapartida,as sessões espíritas estão em franca desobediência aos textos bíblicos que condenam a necromancia(Dt 18.11,12). 3) O fenômeno descrito no texto foi espontâneo.Os discípulos não sabiam.Havia muita luz no ambiente e Jesus se transfigurou diante dos discípulos.Nas casas espíritas,o ambiente é montado e preparado por médiuns.Exige-se regularidade das pessoas,do horário,baixa luminosidade,entre outras coisas,para que a comunicabilidade dos espíritos seja favorecida.São os espíritos que entram em contato com as pessoas e não ao contrário. "O telefone só toca de lá pra cá",disse,certa vez,Chico Xavier,querendo afirmar que a decisão para que haja a comunicação parte dos espíritos. 4)O assunto tratado no monte da transfiguração era sobre a morte de Jesus,que estava para ocorrer brevemente: "E falavam da sua morte(Lc 9.31).Nas reuniões espíritas,os espíritos que se manifestam jamais falam a respeito da morte de Jesus como o único meio de redenção.Ao contrário,negam esta doutrina bíblica. 5)O diálogo ocorreu entre Jesus,Elias e Moisés,em corpos glorificados.Os discípulos,meros mortais encarnados,não participaram da conversa.Se a comunicação com os mortos fosse possível,por que os discípulos ali presentes não aproveitaram a oportunidade e conversaram com os profetas,figuras ilustres de quem leram na Torá? Pelo contrário,Pedro,num gesto insano,pois estava sonolento e assombrado,só se dirigiu a Jesus depois daquele epsódio extraordinário(Lc 9.33) 6) Por último,é curioso que Pedro,personagem da passagem em estudo,não tivesse entendido o fato como sendo um procedimento de invocação aos mortos.Vejamos o que escreveu: "Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo,segundo fábulas artificialmente compostas;mas nós mesmos vimos a sua majestade.Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória,quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado,em quem me tenho comprazido.E ouvimos esta voz dirigida do céu,estando nós com ele no monte santo..."(2`Pe 1.16-18).
Diante disso,concluímos que o epsódio bíblico em referência,longe de ensinar a comunicação com os mortos,corrobora com a doutrina bíblica dsobre a divindade do Senhor Jesus,por meio da qul o Pai,mais uma vez,testemunha a respeito do Filho,permitindo com isso,que a glória que Jesus tinha no passado ,antes de sua encarnação como Verbo(Jo 1.14;17.5),fosse revelada.Jesus é o resplendor da glória de Deus entre os homens(Hb 1.3).O próprio Pedro,em 2Pedro 1.16-18,não faz nenhuma referência a Moisés e Elias,antes,enfatiza a glória e a majestade de Cristo"

A Transfiguração do Senhor tem seus significados.Mostra Cristo como o segundo Moisés.Moisés,no monte santo,teve o rosto iluminado e entregou a Lei.Cristo,no monte,com o rosto transfigurado falava com Moisés e Elias sobre a morte que iniciaria o novo concerto,no qual a Graça seria entregue.Moisés representava a Lei,e Elias os Profetas.Assim,era anunciado que em Cristo Jesus a Lei e os Profetas se cumrpiriam.A nova e eterna aliança seria outorgada por ele.A transfiguração foi,também,um alento para Jesus,que em breve enfrentaria terrível sofrimento e morte para nossa salvação.No monte da transfiguração,contemplamos a divindade de Cristo.Transfigurado,nosso Salvador,no qual habita a plenitude da Divindade,era coroado com a sua glória eterna,que ele teve com o Pai desde antes da fundação do mundo.Assim sendo,esse glorioso epsódio deve ser constantemente lembrado por nós,cristãos.Cristo como o cumprimento do antigo concerto,Cristo como enviado de Deus,e,Cristo como o próprio Deus.Sabemos que na transfiguração,Cristo foi glorificado por um momento,como que um vislumbre de sua glorificação final.Mas depois de sua gloriosa ressurreição e ascenção, ele foi glorificado para sempre.Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!