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sexta-feira, 21 de abril de 2023

21 DE ABRIL – DIA DA JUVENTUDE EVANGÉLICA DA IECLB



    No dia de hoje, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) celebra o Dia da Juventude Evangélica. Desejo parabenizar o belo trabalho feito organizado pela igreja com a juventude.

    Em meio às milhares de  influências que se multiplicam em todos os cantos, as pessoas jovens da IECLB podem encontrar, em sua igreja, um lugar seguro. Nos grupos de JE, elas podem praticar a espiritualidade, desenvolver talentos, construir amizades e compartilhar experiências. Baseadas na crença da salvação pela graça, não precisam ter vergonha ou medo de serem como são. Não precisam simular uma religiosidade meramente externa ou uma santidade moralista. Agarrando-se a Cristo com fé, não necessitam seguir padrões estereotipados para ser “evangélicas”.

    No contexto cultural e religioso atual, o trabalho da Juventude Evangélica é uma benção divina. Muitas pessoas jovens andam por aí na descrença, nos padrões relativistas, na falta de um sentido maior para a vida, levadas ao vento por influenciadores diversos. Em um outro extremo, muitas pessoas jovens vivem uma religiosidade moralista e engessada, marcada pela obediência cega aos líderes, interpretações bíblicas fundamentalistas e ameaças da "ira divina" 

    Diante desses dois extremos, que são originados pela tentativa humana de se colocar no lugar de Deus, é necessário um trabalho com jovens inspirado no verdadeiro Evangelho de Cristo. Um trabalho assim pode ser encontrado da Juventude Evangélica de nossa IECLB. É claro que em todos os grupos formados por pessoas possuem há defeitos. Não existe grupo perfeito, pois não existem pessoas perfeitas. Mas um espaço de graça e comunhão, onde pessoas falhas e pecadoras podem se reunir para praticar a fé e o amor, com certeza é algo precioso (e cada vez mais raro).

    Jovens de nossa IECLB, sejam verdadeiramente luteran@s! Vocês foram acolhid@s por Deus no batismo, vocês se alimentam do verdadeiro corpo e sangue de Cristo na santa ceia, vocês tem em mãos a Bíblia, vocês foram instruíd@s no Evangelho puro, vocês são salv@s por graça e fé. Vocês são muito privilegiad@s! Vocês tem uma missão em relação à igreja, à nação brasileira às demais pessoas jovens e à criação de Deus.

    Que Deus continue abençoando o trabalho da Juventude Evangélica! 

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Foto: Retiro sinodal da Juventude Evangélica do Sínodo Sudeste, no Bairro dos Pires, em Limeira/SP (08/10/2022)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

ADVENTO BRASILEIRO

Entre as trevas do pecado, da miséria e da opressão,

Raia a luz da eterna graça e nos traz libertação;

Entre a gente oprimida pelas leis dos poderosos,

Nasce a força verdadeira que nos faz vitoriosos.


Tremam os montes, rujam os mares!

Ameacem os  opressores!

Abra a boca o cão feroz!

Venham os torturadores!

A verdade prevalece: o Senhor é o rei do mundo!

Cristo vem livrar seu povo,

Quebra todo o jugo imundo!


Se ajunta o juiz perverso ao capitão, senhor das armas,

Sacerdotes mercenários e os reis dos latifúndios.

Erguem ídolos perversos, louvam com profana voz,

Desdenhando de Jesus, libertador que vem a nós.


Sacerdotes nos seus templos, falam em Deus e adoram César.

Manipulam o povo simples, encobrindo a sã Palavra;

Pois bem sabem essas raposas, que a verdade expulsa o engano,

E que um povo, à luz de Cristo, valoriza o ser humano.


Proclamemos, bem unidos, que o Messias vem a nós.

Endireitem os caminhos, tenham fé, esperança e amor.

Deus eterno e poderoso, fez se homem no desdém,

No bercinho pobre e humilde, em meio às palhas de Belém!


(Giovani Aguiar, dezembro de 2021)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

UMA ORAÇÃO DE FÉ E DE ENTREGA


 

Meu Senhor e meu Deus,
Achego-me diante de ti, pobre e desamparado, gemendo e suspirando sob o peso dos meus pecados e das minhas misérias. Não ostento diante de ti qualquer boa obra que presuma ter realizado, mas apego-me somente à amarga paixão de teu filho Jesus Cristo. 

Perdido no labirinto da ignorância, recebo a tua Palavra como luz condutora. Sobre a vergonhosa nudez de minha condição caída, trago apenas as incorruptas vestes que me concedeste no Santo Batismo. Consumido pela fome e pela pobreza, venho a ti professando a minha crença na real presença de teu corpo e sangue no santo Sacramento do Altar.
 
Tu sabes, Senhor, o quanto tenho falhado à luz da tua lei, e o quanto tenho fracassado em viver de acordo com as tuas promessas. Peço-te, Deus amado, que a Rocha eterna não seja para mim uma pedra de tropeço – mas que seja o fundamento da minha vida; Imploro-te, Senhor, que o teu fogo não me consuma como palha ímpia – mas que me purifique como ouro escolhido

 Rogo-te, meu Criador, que eu jamais me glorie em minha conduta – mas tão somente no Evangelho de Cristo. Concede-me, Onipotente, jamais abraçar o poder que o mundo almeja – mas atai-me firmemente à cruz do teu Filho.
 
Criador Eterno, concedei a mim e as demais criaturas as ricas bençãos de tua mão providente 
Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sejas para mim e para os demais pecadores, refúgio e salvação
Divino Espírito, que procedeis do Pai e do Filho, ilumina, governa, santifica e consola à mim e à tua Igreja
 
Ó Deus Único, compadece-te de mim, abraça-me na doce comunhão e na vida plena da eterna Trindade.

Eu sou teu, e tu és meu


(Giovani Aguiar, 2021)

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

"POR FÉ, E NÃO POR VISTA"




Um cristão evangélico não pode basear a sua fé em sentimentos, argumentos filosóficos, conduta moral ou obediência a determinadas regras. Todos esses caminhos, comuns nas diversas religiões, induzem a um emaranhado de amargas incertezas1. A fé, por sua vez, abraça a revelação divina. Sobre o fundamento de Jesus Cristo, podemos edificar um relacionamento real com Deus.

Por diversos posicionamentos teológicos, muitas vezes sou acusado de não crer na Palavra de Deus. Penso que alguns irmãos me consideram um retalhador da Bíblia, alguém que despreza todos os textos escriturísticos indigestos. Não quero falar das ninharias envolvidas em tais críticas. Todas elas empalidecem diante do grande salto de fé que me é proposto a cada dia. Algo para o qual não tenho nenhuma evidência científica. Algo que é completamente irracional e ilógico, imperceptível não apenas aos sentidos, mas também aos sentimentos. Algo que parece contradizer a minha própria experiência existencial. Entretanto, é a verdade fundamental da minha vida: no santo Batismo, recebi o perdão dos meus pecados, fui liberto do mal, tornei-me filho amado de Deus e recebi o seu Espírito.
2

Ateus, humanistas, anabatistas, islâmicos, judeus, racionalistas,"evangélicos conversionistas"3 e o "velho Adão" estão contra mim. Ah, o Santo Batismo! Um dos poucos temas que pode suscitar tão variada reunião de críticos contra um pobre luterano! Não dou a mínima para os críticos. Jamais trocarei as palavras de meu Senhor Jesus Cristo pelas cogitações humanas. Cri e fui batizado, portanto, estou salvo (Marcos 16.16). Fui batizado em nome da Trindade, portanto, sou discípulo de Cristo (Mateus 28.19). Fui lavado pela água, acompanhada da Palavra, sendo assim regenerado (Efésios 5.26; Tito 3.4-6) . Fui batizado em nome do Senhor, recebendo o perdão dos pecados e o dom do Espírito Santo (Atos 2.37-39). Fui batizado, por isso sou Filho Amado do Pai Celeste!

Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias (1Coríntios 1.27). Os olhos veem apenas água comum   mas a Palavra de Deus, associada água, faz o sacramento da regeneração. De semelhante modo, sobre o altar, os olhos contemplam apenas o pão e o vinho   mas as Palavras de Cristo garantem que os seus reais Corpo e Sangue estão presentes, como na Palestina do século I (Mateus 26.26-28; Marcos 14.22-24; Lucas 22.19-20; 1Coríntios 11.23-25). 

Devo confessar uma coisa: há treze anos, quando recebi o banho regenerador do Santo Batismo, não senti nenhuma mudança existencial em minha vida. Para falar a verdade, desde aquela época,  passei boa parte da minha vida afundado na tristeza, na depressão, na angústia e no pecado. Há cerca de um ano e meio, passei por uma dramática experiência de conversão, que mudou completamente a minha vida. Caso eu focasse em meus sentimentos e minha experiência, poderia afirmar que ela foi o "grande marco" da minha vida. Mas não posso contradizer as Sagradas Escrituras, cujos ensinamentos ardem em meu coração.4

Na verdade, durante todos esses anos, eu fora um filho amado de Deus e de sua Igreja. A minha ignorância, os meus erros e a minha fraqueza, porém, prejudicaram a minha percepção dos fatos. Deus não estava distante de mim. Era eu que, muitas vezes, fugia dele. Por esta razão, mesmo nos períodos mais sombrios, a sua Palavra me preservou e sustentou. Por fim, de acordo com os insondáveis desígnios divinos, contemplei a plena liberdade que me havia sido concedida. Retornei ao meu Batismo.

Dou graças a Deus por não lembrar a data exata da minha recente conversão (mudança de caminho). Eu jamais poderia colocar a minha experiência acima da Palavra de Deus. A transformação da minha vida, juntamente com todas as bênçãos e milagres que recebi desde então, estão fundamentadas naquilo ocorreu em 02 de dezembro de 2006. 5

Eu fui batizada em nome de Jesus,
em nome de Deus Pai e do Espírito Santo.
A água me lavou e da Igreja agora sou.

Eu fui batizado em nome de Jesus,
em nome de Deus Pai e do Espírito Santo.
A água me lavou e da Igreja agora sou.

(Cecília Vargas Illenseer e Louis Marcelo Illenseer)

Notas e Referências:

1. O pequeno livro Espiritualidade da Cruz (VEITH JR, Gene E.) trata o tema de forma magistral.

2. Confira a quarta parte do Catecismo Menor de Martim Lutero.

3. Por não considerar nenhum termo existente adequado, criei esta expressão. Com ela me refiro aos movimentos religiosos protestantes cuja ênfase está na experiência de conversão. Segundo tais grupos, a pessoa só pode se considerar cristã ao viver uma conversão radical e abrupta, com data e local definidos. Também ensinam que tal experiência deve ser acompanhadas por fortes sentimentos e pelo ato de "aceitar Jesus como Senhor e Salvador".

4. Percebemos que os argumentos a favor do rebatismo são inválidos até mesmo no aspecto pastoral. Quando uma pessoa cristã, legitimamente batizada, vai atrás de  outro "marco de fé"  (ou até mesmo um "segundo" batismo), devemos exortá-la a confiar mais em Deus do que nos seus próprios sentimentos (Cf. Isaías 55.8; Mateus 24.35 1Pedro 1.25; 1João 3.20). Tentar consolar uma consciência aflita com ilusões é um gravíssimo pecado. Jamais seremos mais sábios ou amorosos do que Deus.

5. Por ter sido criado em uma tradição protestante credobatista, recebi o sacramento aos 13 anos, quando era capaz de "tomar a decisão". Hoje reconheço que e professo que "(... )também se devem batizar crianças, as quais, pelo batismo, são entregues a Deus e a ele se tornam agradáveis." (Artigo IX da Confissão de Augsburgo).

sábado, 19 de junho de 2021

O REINO DE DEUS ESTÁ NO MEIO DE VOCÊS


" Agora quem me conhece/ Pergunta se eu encontrei /O reino que eu procurava/ Se é tudo o que eu desejei /E eu digo pensando nele /No meio de vós está/ O reino que andais buscando/ E quem tem amor compreenderá."1

         Em meio aos dias difíceis nos quais vivemos, desejo compartilhar uma maravilhosa experiência que tive durante na madrugada passada. Aliás, creio que tal recorte temporal é equivocado. Vou corrigir a sentença: Desejo compartilhar com todos a maravilhosa vida que tenho em Jesus Cristo. Confuso? Vou tentar explicar melhor. Espero que as minhas palavras consigam transmitir pelo menos um pouquinho do que sinto!

        Acordei durante a madrugada, com vontade de orar e meditar. Estando em uma sexta-feira, enfatizei o sofrimento redentor de Jesus Cristo. Recordando a  sua agonia no Getsêmani, entreguei a Ele as minhas inquietações, e intercedi pelos que sentem angústia e desespero.  Recordando a sua flagelação, orei pelos que se encontram nos hospitais, pelas vítimas da fome e da violência. Recordando a coroa de espinhos, roguei pela conversão daqueles que trocaram o Evangelho de Cristo pela sede de poder, pelo amor ao dinheiro e pela doutrina morta dos 'fariseus'. Ao recordar a via dolorosa, pedi a ajuda do Senhor para carregar a minha própria cruz — e também por todos os que sofrem sob as "cruzes" cotidianas. Por fim, recordando a crucificação, pedi que o Senhor acolhesse os que estavam partindo desta vida, concedendo-lhes o arrependimento e confiança na graça divina.

       Enquanto entregava ao Senhor as minhas súplicas pessoais e intercessões, lembrei-me dos inúmeros benefícios que Ele me tem feito. Os sinais do Reino, as sementes de vida e de esperança que contemplei. Após concluir as orações, um número cada vez maior de memórias bombardeava a minha mente. Inúmeros versos e passagens bíblicas se entrecruzavam com tais memórias. Trechos de obras teológicas e prédicas se uniam às lembranças de confraternizações com amigos. Tive certeza: "O Reino de Deus está aqui"2

          As descrições da cidade celestial, a Nova Jerusalém (Livro do Apocalipse)3 refletiam em cenas concretas que vivi. A luz eterna, proveniente de Deus e do Cordeiro, fazia-me recordar a luz divina que recebo ao ler a Bíblia.  As diversas "luzes do conhecimento",recebidas na leitura de artigos científicos, livros de História e conversas com pessoas esclarecidas, somavam-se a tal quadro. As ruas de ouro, as pedras preciosas e as pérolas suscitavam recordações de minhas visitas a belos templos. A  festa das bodas do Cordeiro, na qual nos assentaremos com Abraão e todos os patriarcas, ecoavam ao redor do sóbrio altar da Igreja da Ressurreição, em Santo André-SP. Lembrei-me das vezes que ali recebi o Santo Sacramento do Altar, ouvindo as Palavras “dado por vós (...) para o perdão dos pecados”, junto aos irmãos e irmãs da Paróquia do ABCD. Os cânticos ao Cordeiro de Deus, entre milhões de anjos, ecoavam em uma voz familiar. Como a voz da minha saudosa Eunilia, uma “assembleiana das antigas”, cantando para mim o “Hino 15” da Harpa Cristã4. Foi na cruz, foi na cruz/ Onde um dia eu vi/ Meus pecados castigados em Jesus/ Foi ali, pela fé, que meus olhos abri/ E agora me alegro em Sua luz.
 
        Tenho bebido do rio da água da vida, claro como o cristal. Ao ler o Livro de Concórdia, as obras do doutor Martinho Lutero, os escritos dos Pais da Igreja e os textos de teólogos que amam a Deus e ao próximo. Ao ouvir os conselhos de meus pastores, ao ouvir palavras sábias de pessoas simples, ao ouvir uma verdade cristã na boca de um ateu. Ao ouvir as palavras de encorajamento — ou repreensão — dos meus pais e dos meus amigos. Ao ler um bom romance, apreciar uma digna obra de arte, escutar uma boa música.

          Eu, Giovani, adotado por Deus no santo batismo, cheguei  ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial com os seus milhares de anjos5.Sim! Fui resgatado das minhas culpas, do medo assolador e da incerteza ante a face severa do Deus irado! Cheguei à reunião alegre dos filhos mais velhos de Deus, isto é, daqueles que têm o nome deles escrito no céu. Percebo isto em cada encontro (mesmo nos virtuais) da Juventude Evangélica da IECLB ou da Aliança Bíblica Universitária (ABU). Nas conversas informais com os meus amigos (velhos e novos). A cada vez que me deparo com um cristão sincero e verdadeiro, seja ele um frade franciscano, uma irmãzinha pentecostal "do coque", um reverendo presbiteriano ou um sorridente jovem batista. Estaremos todos juntos, na comunhão dos profetas, dos apóstolos e dos mártires. Na companhia da bendita virgem Maria, dos anjos e arcanjos. E encontraremos também muitas pessoas, digamos, 'estranhas'... 
 
         As orações dos mártires e os juízos dos anjos, palavras vivas e poderosas, ribombaram em cada denúncia contra as obras das trevas. Na denúncia contra os descasos perpetrados na atual pandemia, no pedido de impeachment protocolado por líderes cristãos (26/01/2021), na coragem dos que denunciam o racismo, a ganância e a violência. Na santa pregação de pessoas pecadoras, que anunciam a real profundidade do pecado: Todos são culpados e indignos diante de Deus . Nas palavras que destroem a presunção dos santarrões, revelando o abismo de pecados no qual estão. Nas palavras que dignificam os ladrões e as prostitutas — revelando que Deus lhes ama (e quer lhes conceder uma nova vida!). Nas exortações dos cientistas zelosos e dos médicos compromissados. Nas palavras singelas de gente que “aprendeu com a vida”. Nas palavras pungentes de um cacique, denunciando a destruição da natureza.
 
         A beleza do novo céu e da nova terra fazem-se evidentes, através dos vislumbres que já contemplo. No vento que acaricia o meu rosto, na chuva caindo sobre o telhado da minha casa, nas árvores no canteiro da avenida. No canto dos pássaros, nos simpáticos cãezinhos que encontro nas ruas. No pôr-do-sol, no azul-celeste, nas formiguinhas em seu labor perseverante. Nos jogos e nas piadas saudáveis. Em inúmeros insights da filosofia e da psicologia. Na luta pela justiça social, pelas causas ambientais e pelos direitos das minorias. Nos atos de partilha, nos abraços e nos sorrisos. Na liturgia do culto  e no diálogo com pessoas 'diferentes'. No arrependimento sincero de pecadores. Eis a beleza, a bondade, a verdade! Isto foi feito pelo Senhor!
 
         Por enquanto, vivemos em uma tensão. Embora já esteja entre nós, o Reino de Deus ainda não se estabeleceu totalmente. O mal, o pecado, a dor, a injustiça e a morte ainda existem. O Poder adversário — 'satan'6 — ronda a terra, com sua mente astuciosa e complexa. Há heresias e mentiras no meio religioso. Ainda é necessário combater e estar alerta, enfrentar situações inexplicáveis e dolorosas. Ainda sofremos e produzimos sofrimento. A natureza é degradada e sujeita à morte. Não conseguiremos resolver esta situação — embora tenhamos o dever de amenizá-la. Mas podemos ter uma certeza: Deus o fará. Sabemos que “tudo ficará bem”. Isto não é suficiente para que nós estejamos bem?
 
Notas e referências 
 
1.  Trecho da canção Balada por Um Reino, composta pelo Pe. Zezinho
2. Cf. Lc 17.21
3. As referências foram extraídas de diversos capítulos do Apocalipse (principalmente dos cap. 21 e 22) e de passagens relacionadas nos Evangelhos.
4. Hinário oficial das Assembleias de Deus (a igreja na qual fui criado).
5. Cf. Hb 12.22-23
6. Transliteração do termo hebraico (שטן), que significa "oponente", "adversário". Identificado com o διάβολος ("caluniador") no NT. Identificação para o arquinimigo de Deus e da humanidade