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sábado, 7 de dezembro de 2013

Advento




 O ano litúrgico começa com o período do Advento, no quarto domingo que antecede o Natal. A palavra "advento" vem do latim "Adventus Redemptoris", ou "a vinda do Redentor". Faz parte do ano litúrgico desde o século VI. Mais do que um período preparativo para festejar o Natal, o Advento nos alerta para a necessidade de nos prepararmos diante do evento final da história: o segundo Advento de Cristo. A criança de Belém é o Senhor e juiz das nações, que virá em poder e glória no fim dos tempos para estabelecer o reino pelo qual pedimos na oração que ele mesmo nos ensinou.
  Por enxergar a primeira vinda de Cristo à luz da segunda, o Advento contesta a deturpação sentimental ou a completa secularização do Natal pelo mundo. As igrejas que observam o Advento como um tempo de preparação espiritual, visando a manifestação final do reino de Deus, restauram o sentido bíblico do Natal, colocando-o no contexto da história da salvação.

GUIRLANDA DO ADVENTO

 No Advento, muitas igrejas fazem a celebração litúrgica da Guirlanda do Advento, uma parábola encenada que representa a crescente expectativa do povo de Deus para com a vinda do Messias.
 A guirlanda é um círculo de folhagens com quatro velas. O círculo representa o amor de Deus, eterno e sem fim nos seus propósitos.
 As velas, que vão sendo acendidas progressivamente, uma a cada domingo do Advento, nos falam da chegada da luz verdadeira ao mundo, cujo brilho a escuridão jamais conseguirá apagar.
 Esse antigo costume surgiu em lares protestantes da França e da Alemanha, e foi se espalhando por todo o mundo cristão. Simboliza a antecipação da igreja que, ao preparar-se para celebrar o nascimento do Messias, também levanta seus olhos para o futuro, antevendo pela fé, a manifestação plena do seu reino, no final dos tempos.
 No início do culto, a cada domingo do Advento, uma família previamente preparada, acende uma, depois duas, até que, no quarto domingo do Advento, todas as quatro velas estejam acesas. As velas da Guirlanda do Advento devem permanecer acesas durante o culto, não só no período do Advento, mas também na véspera e dia do Natal, e no primeiro domingo após o Natal.
 A cada domingo do Advento, uma família diferente pode participar da liturgia da guirlanda.

extraído do Manual do Culto, da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil

sábado, 23 de novembro de 2013



Evangelho Dominical Comentado
Domingo - dia 24 de novembro de 2013
Jesus, Rei dos reis
Lucas 23.35-43

Introdução:
            Jesus nasceu para reinar. O seu reino passou necessariamente pelo sofrimento da cruz. Ali o Jesus foi humilhado, escarnecido, condenado, mas continuou sendo o Rei Salvador de todos os que o buscam com Senhor.
            Mediante a cruz de Cristo e sua ressurreição, Jesus passou a reinar nos corações e voltará para buscar a igreja e concretizar seu reino sobre o mundo implantando um novo céu e uma nova terra.

I. Rei humilhado
            Jesus veio para reinar. O Reino de Jesus passou pela cruz e pela coroa de espinhos. Implantou o Reino de Deus com seu sacrifício.
            Enquanto o povo (35) que "estava ali e a tudo observava", as "autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido".
            As autoridades religiosas aproveitaram o sofrimento de Cristo para humilhá-lo. Se Jesus fosse de fato o Cristo de Deus, o escolhido, então deveria salvar a si mesmo. Esta era conclusão dos religiosos.
            Jesus não veio para se salvar. Veio dar sua vida em resgate por muitos (Mt 20.28). No Rei humilhado na cruz temos a redenção.

II. Rei escarnecido
            Os soldados romanos também aproveitaram para escarnecer de Cristo (36). Trazendo vinagre para colocar em sua boca diziam: (37) "Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo".
            Os gentios não entenderam que Jesus veio para morrer.
            Era necessário sua morte na cruz. Se o grão na terra não morrer, ele não brota (Jo 12.24).
            Os soldados não conseguiram ver um Rei pendurado na cruz. Apostaram que aquele seria o fim de Jesus.
            A falta de entendimento e revelação prejudica nosso juízo sobre os acontecimentos.

III. Rei condenado
            O Império Romano condenou Jesus. Depois de um julgamento injusto Jesus é condenado. Pilatos manda colocar (38) uma epígrafe em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS".
            Jesus veio como o rei messias. Rei prometido e esperado pelo povo de Israel. O Rei salvador. Como o povo rejeitou seu reinado, o Império Romano o condena como "Rei dos Judeus". Foi condenado por ter nascido rei.
            Mas as pessoas não sabiam que o caminho do reinado de Cristo passaria pela Cruz. Ali não estava apenas o Rei dos judeus. Ali está o Rei do Universo. O Rei dos reis. O reinado do Senhor não tem fim (Lc 1.33).

IV. Rei salvador
            Jesus foi crucificado com dois malfeitores, provavelmente pessoas envolvidas com revoluções para expulsar os romanos da Palestina. Alguns estudiosos acreditam que pertenciam ao grupo de Barrabás.
            Um blasfemava como todo o povo (39): "Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também".
            O outro repreendia o companheiro (40):  "Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? (41)   Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez".
            Este homem não somente reconhece a inocência de Jesus, mas tem a revelação de Deus de que Jesus era de fato o Rei Salvador e que o seu reino não pertencia a este mundo.
            Na fé ele pede ao Senhor: (42) "Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino".
            Ele teve a certeza do Espírito Santo de que Jesus estaria entrando em seu reino como verdadeiro Rei.
            O Senhor Jesus responde (43): "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso".
            Jesus é o Rei salvador para todo aquele que permite o reinado sobre suas vidas (Ap 19.6).

Conclusão:
            Jesus é o Rei do Universo. Ele é o Rei dos Reis. Seu reinado é eterno e absoluto. Ele reina e reinará para sempre. Um dia voltará e fará novo céu e nova terra. Hoje precisamos entregar todas as áreas da nossa vida para que o Senhor venha reinar. Quando Jesus reina, tudo é transformado pelo seu reinado de amor e graça.

Por  

Festa de Cristo, Rei do Universo

24 de novembro de 2013
Rev. Edson Cortasio Sardinha



            Este é o último domingo do Ano Litúrgico. Com este domingo encerra o Ano Cristão e fecha o ciclo litúrgico.
            O Ano Cristão começa no Advento (anúncio do nascimento do Senhor) e passa por todo o ministério do Senhor Jesus. No Ciclo do Natal meditamos em seu nascimento e manifestação. No Ciclo da Páscoa meditamos em sua morte e ressurreição. No Tempo Comum meditamos em seu ministério. Cada domingo lemos o Evangelho de Lucas (Ano C) meditando na caminhada do Senhor Jesus.
            Agora, neste domingo finda-se o Ano Cristão. No próximo domingo já celebraremos o novo Ano com o primeiro domingo do Advento. Neste ano lemos Lucas - Ano C e no próximo ano litúrgico caminharemos por Mateus - Ano A.
            O  Ano Litúrgico da Igreja é encerrado com a festa de Cristo Rei dos reis.
            Diante de tantos movimentos políticos e sociais, o cristianismo pregou que o verdadeiro Rei é o Senhor Jesus. Este foi o contexto que deu início a esta bonita celebração.
            "Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa, pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial".
            A festa foi instituída para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado no que diz o Apocalipse: ”Eu sou o Alfa e o Ômega, Principio e Fim de todas as coisas.” (Ap1, 8).
            Esta festa celebra o reinado de Cristo, o Reino de Deus e nossa participação neste reino. O fim da história não é o sofrimento nem as desigualdades. O fim da História é Jesus Cristo, nosso Senhor, o Rei dos Reis.
            Neste dia celebramos a vitória de Jesus sobre a morte, o mundo, a carne e o diabo.
            No Ano C, as leituras do Dia de Cristo, Rei do Universo são: II Sm 5.1-3; Sl 122, Cl 1.12-20 e Lucas 23.35-43.
            O livro de II Sm 5.1-3 fala da unção de Davi como rei de Israel. Davi passou a ser o modelo do grande Rei. Figura do Rei que viria.
            O Salmo 122 canta a alegria de Jerusalém ter o trono do Rei. É a fé de que o Rei Messias viria reinar em Jerusalém.
            Paulo aos Colossenses 1.12-20 diz que Deus nos tirou das trevas e nos transportou para o reino de Jesus. Em Jesus foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. Ele é o verdadeiro Rei. 
            O Evangelho de Lucas 23.35-43 fala de Jesus reinando em Jerusalém através de sua morte na cruz. A cruz foi o início do reinado de Cristo, onde nos deu o perdão dos pecados e nos comprou e nos redimiu para sermos seu povo eleito.
            Celebremos esta data orando:

            "Onipotente e sempiterno Deus, que sempre estás mais pronto a ouvir do que nós a suplicar, e nos dás mais do que desejamos ou merecemos; derrama sobre nós a tua misericórdia, perdoando os nossos pecados e dando-nos as bênçãos que não somos dignos de pedir, senão pelos merecimentos de Jesus Cristo teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.Amém". 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A MANIA DE ALGUNS EVANGÉLICOS FUNDAMENTAREM SUA FÉ EM ENSINOS DE EX-SATANISTAS

Por Renato Vargens

O caso da "girafa encapetada" trouxe a tona a triste realidade de que existe um número incontável de cristãos fundamentando sua fé em achismos, misticismos e ocultismo. Para piorar a situação não são poucos aqueles resolveram fazer cursos extra-bíblicos ministrados por ex-satanistas cujo intuito é claro, descobrir as estratégias do cão.

Caro leitor, confesso que fico assustado com aqueles que preferem dar ouvidos a experiência de um ex-bruxo à fundamentarem sua fé naquilo que as Escrituras dizem.  Nessa perspectivas tem surgido em nossos arraiais doutrinas extremamente estapafúrdias, senão vejamos:

1-  Pacto involuntário com o Demo

Essa é uma das doutrinas mais comuns propagadas e defendidas por ex-satanistas. Segundo estes, qualquer pessoa que tem contato com um amuleto, figura, boneco, brinquedo ou qualquer outra coisa que "pertença"ao diabo, faz com ele um pacto involuntário. Ora, a estes eu repondo com um brilhante texto da Norma Braga que diz: 

"Na cosmovisão cristã não existem pactos involuntários. Aliás, em lugar nenhum, já que a natureza de todo pacto (trato, acordo) é necessariamente voluntária. A crença em pactos involuntários é uma concessão ao pensamento mágico, típico das religiões esotéricas. Se seus atos involuntários tivessem algum poder espiritual, você estaria perdido, sua salvação seria impossível. Se por meio do sacrifício de Jesus Cristo DEUS efetuou essa salvação em você, não é um ato involuntário que vai invalidar o que Deus fez. Um ato involuntário do homem não pode ser mais forte que um ato voluntário de Deus."

2- O crente precisa conhecer  as estratégias satânicas para que não seja pego de surpresa e tenha frustrado o plano de Deus em sua vida

Essa é uma visão absolutamente equivocada e distante daquilo que as Escrituras nos ensinam. Ora, ainda que a Bíblia nos diga que temos um adversário espiritual, e que a nossa luta não é contra sangue ou carne, mas sim contra principados, potestades, dominadores do mundo tenebroso e força espirituais da maldade, em nenhum momento nós encontramos na Palavra de Deus orientações  da parte do Senhor ou dos apóstolos sobre a necessidade de descobrirmos os planos estabelecidos por satanás e seus anjos. 

Prezado amigo, parece que alguns dos evangélicos têm vocação para ghostbusters, isto porque, procuram o diabo em tudo que é lugar. Alias, assusta-me o fato de que o adversário de nossas almas receba tanta atenção por parte dos cristãos. Em alguns dos cultos evangélicos o diabo é entrevistado, da dicas espirituais e em alguns casos até prega.

Em minha caminhada cristã tenho ouvido e visto histórias do arco da velha. Já ouvi alguns afirmarem que a fanta uva é a bebida do cão que a Procter Gamble financia a obra do capeta, que alguns discos (ainda existem?) tocados ao contrário exaltam o cramulhão, que o ratibum cantado no parabéns para você é uma maldição, que aDisney tem pacto com o demo, que o rock é o ritmo do inferno, e muito mais.  

Sinceramente diariamente me questiono porque as pessoas ficam procurando chifre em cabeça de cavalo. Não dá para engolir essa " mania gospel de ser". Aliás, vamos combinar uma coisa? Parte da chamada igreja de Jesus se tornou extremamente supersticiosa. Sei de líderes que orientam o rebanho a não usar roupa intima de cor vermelha, pois atrai maus espíritos. Outro dia eu soube de um pastor que estava ensinando numa igreja histórica da cidade que a mulher que usa calcinha vermelha dá legalidade ao diabo, podendo portanto, ficar endemoniada. Outro líder evangélico conhecido por muito testemunha que foi instruído por um "ex-alguma coisa" a não pensar em voz alta, pois o diabo poderia ouvir e frustrar seus planos.

Caro leitor, alguma precisa ser feita, os valores do reino de Deus precisam ser resgatados, a Bíblia necessita novamente ocupar a centralidade de nossa fé, e o evangelho de Cristo pregado com graça, sabedoria e poder. 

Veja bem, Cristo não lhe salvou para fundamentasse sua fé naquilo que as pessoas, o diabo ou quem quer que seja, diga que deva fazer. O Senhor o chamou para fundamentar vida e comportamento  em sua Palavra. Ela  basta, ela é suficiente, portanto, deixe e o cão pra lá e  regresse as Escrituras fazendo dela sua única e exclusiva regra de fé.

Renato Vargens

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

10 RECOMENDAÇÕES DE UM JESUS FAKE AOS ADEPTOS DO MOVIMENTO APOSTÓLICO




Por Renato Vargens

"Fake" é uma palavra da língua  inglesa         que significa falso ou falsificação. Pode ser uma pessoa, um objeto ou qualquer ato que não seja autêntico.
Com as redes sociais, o termo passou a ser muito utilizado para designar uma conta na internet ou o perfil em uma rede social de alguém que pretende ocultar a verdadeira identidade. 

Isto posto e esclarecido, vamos as 10 recomendações de um Jesus "fake" aos adeptos do movimento apostólico: 

1- Você nasceu para vencer, portanto, decrete as bênçãos,  determine a vitória, profetize a bênção, mesmo porque você é filho do Rei. 

2- Você nasceu para ser rico e próspero, mas lembre-se que para isso você precisa doar alguns milhares de Reais na campanha do empresário que enriquece. 

3- Você foi criado ser feliz, para tanto, frequente todos os shows gospel possíveis e cante alegremente as canções da moda desfrutando assim da alegria do nosso Pai. 

4- Se as bênçãos não estão fluindo, talvez seja necessário você quebrar as maldições hereditárias. 

5- Lembre-se Satanás é muito forte, cuidado para ele não te surpreender e te levar para o inferno, até porque, as vezes ele me dá uma volta e eu acabo sendo enganado pelas suas astúcias. 

6- Não bobeia com o diabo porque ele pode tirar sua salvação. 

7- Não toque no ungido do Senhor. Isso é pecado grave e pode te levar a morte. 

8- Se você quer ser abençoado e não deseja viver uma fé de segunda classe, você precisa entrar no mover apostólico. Podes crer-me, isso é tremendo! 

9- Inove no Batismo! Quer uma dica maneira? Batiza o povo num toboágua. Você vai ver! A galera receberá a unção do riso! 

10- Manda quem pode e obedece quem tem juízo, portanto, ensine o povo a obedecer suas ordens sem quaisquer questionamentos. Ensine-os à luz da Bíblia. Lembre-os o que aconteceu com João Batista por ter questionado sobre quem era eu e que o mesmo poderá acontecer a todos aqueles que questionarem sua autoridade apostólica sacerdotal. 

Obs: Essa história não passa de ficção e qualquer semelhança com a realidade não passa de mera coincidência.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FELIZ ANO NOVO JUDAICO, UMA NOVA MANIA JUDAIZANTE ENTRE OS EVANGÉLICOS


Por Renato Vargens

"Um ano de paz .. Um ano de muita saúde ... Um ano de alegrias ... "SHANÁ TOVÁ" para todos ! (veja o vídeo abaixo)

Pois é, não é que tem bocado de cristãos inundando as redes sociais com mensagens de feliz ano novo Judaico? Sinceramente essa história de cristianismo judaizante já está passando dos limites. Ora, aonde já se viu desejar feliz ano novo judaico? Gostaria sinceramente que os adeptos desse funesto cristianismo judaizante respondesse sinceramente:

1- Por acaso vocês moram em Israel?

2- Por ventura vocês são judeus de nascimento? 

3- São descendentes de judeus?

Não? Então por favor, parem com essa bobagem. Abandonem definitivamente esse comportamento herético e vivam o cristianismo sem os rudimentos da lei. Além disso, joguem fora o kipá, esqueçam o shofar, parem de pregar  a circuncisão, a restauração das festas judaicas, a guarda impreterível do sábado, além de incentivarem os crentes a buscarem  ligações genealógicas com o povo israelita para que possam obter nacionalidade judia, entre outras coisas mais.

Ora, isso cansa sabe? Aliás, vamos combinar uma coisa? Essa gente perdeu a noção do ridículo  Os caras estão viajando na maionese. Nem os judeus são assim! Na igreja que pastoreio tem um irmão em Cristo que é judeu de nascimento e ele não vive por aí pregando essas esquisitices judaizantes.  Aliais, como liberto que é, ele come uma boa carne de porco, como também uma boa caldeirada com frutos do mar.

Caro leitor, cristianismo judaizante é heresia. Eu não vou comemorar ano novo judaico coisa alguma. Vivo
no Brasil, meu calendário baseia-se na vinda do Messias, o Cristo Esperado. Portanto, não me venha com esse papo de ano novo israelita.

Como já escrevi inúmeras vezes lamentavelmente esse pessoal está fabricando um evangelho altamente  que em muito se contrapõe ao Evangelho de Cristo.

Que Deus tenha misericórdia do seu povo!

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.  Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chama. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Confio de vós, no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação”. (Gl 5:10)

Pense nisso,

Renato Vargens


quarta-feira, 24 de julho de 2013

ADORADORES DA ARCA DA ALIANÇA

Por Renato Vargens

Se alguém tivesse me contado, talvez eu não acreditasse. Pois bem, o vídeo abaixo apresenta uma das maiores aberrações e heresias que já tive o desfortúnio de ver.

Para tristeza nossa uma Igreja do Evangelho Quadrangular de Belo Horizonte, construiu uma "Arca da Aliança" conduzindo-a (pasmem) em um carro de bombeiros até o templo, onde milhares de pessoas a esperavam em estado de êxtase.

Há pouco estive numa grande igreja no Rio de Janeiro que criou uma sala de oração cujo utensílio principal era uma réplica da Arca da Aliança. Numa outra comunidade cristã, encontrei junto ao púlpito  outra réplica da Arca, onde os crentes em Jesus eram desafiados a depositarem suas ofertas especiais. Noutra ocasião, soube de uma  igreja que colocou na sua liturgia, o momento mágico onde os "levitas"entrariam no templo com a Arca de Deus debaixo de muitos gritos e aplausos.

Pois é, virou moda isso. O pior é que essa galera acredita que um réplica da Arca de Moisés é a "personificação"  do próprio Deus. 

Caro leitor, sinceramente acho que esse pessoal tá usando algum tipo de alucinógeno. Ora, vamos combinar uma coisa? Aonde na Novo Testamento Cristo ou os apóstolos nos incentivam a construir réplicas da arca? Em que lugar das Escrituras encontramos base teológica para a construção e veneração de símbolos judaicos?

Prezado amigo, como já escrevi anteriormente não existem pressupostos bíblicos para que a igreja de Cristo, queira “recosturar” o véu do templo.  Sinceramente essa história de cristianismo judaizante já está passando dos limites. Se não bastasse a rescontrução da Arca da Aliança por algumas igrejas, o uso do shofar e do kipá por outras tantas mais, eis que surge alguns loucos  pregando a circuncisão, a restauração das festas judaicas, a guarda impreterível do sábado, além de incentivarem os crentes a buscarem  ligações genealógicas com o povo israelita para que possam obter nacionalidade judia, entre outras coisas.
 
Para pirorar a situação existem igrejas onde as pessoas não podem adentrar ao templo de sandálias ou sapatos e são orientadas a tirar os calçados, pois, segundo ensinam, irão pisar em terra santa. Soma-se a isso, o fato de que os cristãos judaizantes chamam  Jesus de Yeshua Hamashia e o Apóstolo Paulo de Rabino Paulo, fazendo dos ensinamentos paulinos manuais judaicos de comportamento.

Essa gente perdeu a noção das coisas. Os caras estão viajando na maionese. Chamar Paulo de Rabino é uma verdadeira sandice!  Por favor, pare, pense e responda:  Em algum momento nas Escrituras Paulo se intitula Rabino? Em suas Epístolas o encontramos assinando como rabino?  Em algum momento o vemos defendendo o seu "rabinato"? Ora, definitivamente essa galera  enlouqueceu! Lamentavelmente esse pessoal está fabricando um evengelho altamente judaizante que em muito se contrapõe ao Evangelho de Cristo.

Que Deus tenha misericórdia do seu povo!

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.  Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chama. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Confio de vós, no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação”. (Gl 5:10)

Sai dela povo meu!

Renato Vargens


sexta-feira, 31 de maio de 2013

IGREJA EVANGÉLICA ATUAL = ICAR MEDIEVAL

Muitos evangélicos adoram falar mal da Igreja Católica do fim da Idade Média.Mas pensam e agem como ela.Eis aqui sete semelhanças:

SETE SEMELHANÇAS ENTRE A IGREJA CATÓLICA DO FIM DA IDADE MÉDIA E AS IGREJAS EVANGÉLICAS ATUAIS

IGREJA CATÓLICA:VENDA DE PERDÃO.
IGREJAS EVANGÉLICAS:VENDA DE BENÇÃOS.

IC:RELÌQUIAS SAGRADAS.
IE:OBJETOS UNGIDOS(ROSA,SABONETE,TOALINHA,MARTELO,MEIAS,SHOFAR,etc.).

IC:SANTOS MILAGREIROS(VIVOS E MORTOS).
IE:SANTOS MILAGREIROS(VIVOS: DAVID MIRANDA,VALDEMIRO SANTIAGO,etc.).

IC:PEREGRINAÇÃO Á CERTAS IGREJAS E CIDADES PARA SE OBTER BENÇÃOS.
IE:PEREGRINAÇÃO À CERTAS IGREJAS PARA SE OBTER BENÇÃOS(IPDA,IMPD,IIGD,etc.).

IC:SALVAÇÂO PELAS OBRAS(NECESSIDADE DE SEGUIR CEGAMENTE O QUE A IGREJA ENSINA,NECESSIDADE DE SER UMA PESSOA PERFEITA PARA SER SALVO,PERDA DE SALVAÇÂO POR QUALQUER COISA).
IE:SALVAÇÂO PELAS OBRAS(NECESSIDADE DE SEGUIR CEGAMENTE O QUE A IGREJA ENSINA,NECESSIDADE DE SER UMA PESSOA PERFEITA PARA SER SALVO,PERDA DE SALVAÇÂO POR QUALQUER COISA).

IC:PADRES COMO INTERMEDIÁRIOS ENTRE DEUS E OS HOMENS.
IE:PASTORES/BISPOS/"APÓSTOLOS" COMO INTERMEDIÁRIOS ENTRE DEUS E OS HOMENS.

IC:FORA DA IGREJA CATÓLICA NÃO HÀ SALVAÇÃO.
IE:FORA DA IGREJA EVANGÉLICA NÃO HÁ SALVAÇÃO.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O sofrimento na vida do cristão


Com o "evangelho" triunfalista pregado em nossos dias,o sofrimento cristão foi praticamente esquecido em muitas igrejas.O lema de uma delas,por exemplo,é "pare de sofrer".É dito que o cristão não pode ficar doente,não pode enfrentar dificuldades,não pode ficar triste.É dito que Deus quer que vivamos nessa vida prosperamente,em todos os sentidos.Para isso,são utilizados versículos fora do contexto e supostas revelações do Espírito Santo.Mas a Bíblia nos mostra algo totalmente diferente.
Ao longo das Sagradas Escrituras,no Antigo e no Novo Testamentos,muitos servos e servas de Deus passaram pelos mais variados tipos de sofrimentos ,tribulações e lutas.Doenças, perseguições ,angústias, tristezas, martírio...Só não vê quem não quer.O próprio Filho de Deus passou por terríveis sofrimentos e perseguições,do seu nascimento em Belém à sua morte no Calvário.E Ele nos fez uma exortação: Nós também vamos sofrer,se quizermos ser cristãos(Lc 9.23).
Mas qual é o motivo do sofrimento? Sabemos que com a queda do homem no jardim do Édem(Gn 3),o mal entrou na humanidade.Essa é a causa primária.Mas quais são as secundárias? Existem muitas.
Algumas vezes(algumas,e não sempre,como pregam alguns),sofremos por causa de nossos pecados.Como exemplo,podemos citar a punição divina sobre a família de Davi pelos pecados de adultério e homicídio que este cometeu.Devemos ser sempre humildes,e reconhecer nossos erros,como Davi fez no Salmo 51.Deus é bondoso para nos perdoar,e esquece de nossos pecados.No entanto,devemos ter em mente que quando fazemos algo errado,temos que suportar as consequencias naturais.Por exemplo: Eu sou um criminoso,e me converto.Deus perdoa e esquece os meus pecados.No entanto,é justo e correto que eu pague diante da lei pelos meus crimes.Nada mais óbvio.
As vezes sofremos por escolhas erradas.Por isso devemos sempre pedir direção a Deus,em todas as áreas da nossa vida.
As vezes.sofremos para aprender ou estarmos preparados.Somos preparados pelo Senhor,qual um oleiro que prepara o barro.Assim Deus preparou,por exemplo,ao já citado Davi,para que fosse rei de Israel.
As vezes sofremos para um bem maior.Assim foi o sofrimento de Jesus,que garantiu a redenção do mundo.
Muitas vezes,sofremos injustamente por amor à Deus.Somos perseguidos, maltratados, injuriados, caluniados.O que fazer.Agradecer a Deus! Isso mesmo! Pois quando sofremos injustamente,participamos do inocente tormento de nosso Senhor,e somos contados como bem-aventurados(Mt 5.11-12).Os mártires,por cujo sangue a Igreja é regada,assim padeceram.Foram torturados,açoitados,exilados,presos,queimados,serrados ao meio,esquartejados,enforcados,degolados,lançados às feras,fuzilados,afogados,mortos das formas mais horríveis.E tudo isso por que amavam àquele que os amou primeiro:O Senhor nosso Deus.
Mas,e quando sofremos injustamente de outras formas(quero dizer,não diretamente pelo Evangelho)como José,filho de Jacó? E quando nosso sofrimento não tem explicação? Devemos perseverar na fé,pedir o auxílio de Deus e crer que,mesmo que tenhamos que passar por muitos sofrimentos na vida(as vezes Deus exigirá isso de nós!.Quantos santos passaram a vida em meio a duras provações!),temos a esperança da vida eterna,da vida eterna na presença de Deus,quando cessará todo o sofrer(Ap 21.4) e gozaremos de perpétua alegria na presença de nosso amável Criador.
Muitas vezes,o sofrimento santifica.Isso mesmo.Ao sofrermos,temos tendência de buscar mais à Deus,de obedecer mais,de refletir mais sobre o significado da vida,sobre os mistérios de Deus e da salvação.Já escreveu o sabio Salomão que o sofrer nos faz melhores(Ec 7.3).Aqueles que dizem que um crente não pode ficar triste,estão negando a Bíblia e a História da Igreja.Jó,Elias,Jacó,Moisés...e tantos outros filhos de Deus tiveram que passar pela experiência da tristeza.E algumas vezes,essa experiência é demorada.Em muitos casos,trata-se de depressão.Podemos citar,na História da Igreja,entre os que sofreram de depressão,Martinho Lutero e Charles Spurgeon.Talvez você nunca tenha lido sobre isso,mas é verdade(confirmei em várias fontes).
O sofrer cristão,no entanto,é algo miraculosamente estranho.Mesmo na profunda tristeza,ou em casos que se trate de depressão,algo no fundo da alma nos dá ânimo.É a luz do Espírito Santo,o Consolador,aquele que foi nos dado como garantia da salvação.Seja qual for o sofrimento,devemos ter em mente o que Paulo disse em Romanos 8.28.Assim,que sejamos, pelo sofrimento aperfeiçoados,santificados,unidos e solidários aos sofrimento de Jesus,como ensinaram os grandes santos.

sábado, 20 de abril de 2013

A letra mata? Que letra?


Existe no meio evangélico uma grande propagação do ignorantismo(sistema dos que defendem a ignorância).Isto é especialmente verdadeiro entre os pentecostais de segunda e terceira onda.O conhecimento teológico e doutrinário,a ortodoxia,são desprezados.Apenas aquilo que se sente,aquilo que é subjetivo,aquilo que "faz bem",é levado em conta.Discussões teológicas(aliás,o saber teológico),são consideradas inúteis,pois a "letra"(o que para eles é sinônimo de conhecimento acadêmico,filosófico e teológico)mata,mas o "Espírito"(o que para eles é a parte subjetiva,os supostos dons e manifestações do Espírito Santo,o "reteté",etc.)vivifica(II Co 3.6).Mas,será que é realmente isso que o apóstolo Paulo quis dizer? Não,não e não! Na verdade,a Bíblia manda que busquemos o conhecimento,que façamos o uso da razão(Is 1.18).Pois,o homem,sendo imagem e semelhança de Deus,é dotado de intelecto.E nem toda manifestação que ocorre na igreja e que parece fazer bem provém de Deus.Muitas vezes provém da carne,da emoção,como tem sido provado por psicólogos e cientistas.Algumas vezes,do próprio Satanás,que,segundo as Escrituras,pode até mesmo se transfigurar em anjo de luz(II Co 11.14)!
A que se refere,então,a "letra" mencionada em II Co 3.6? Os versículos seguintes nos indicam:

"E se O MINISTÈRIO DA MORTE,GRAVADO COM LETRAS EM PEDRAS..."(II CO 3.7)

Eis a resposta! É a "letra" da lei mosaica,a letra revelada ao povo de Israel no monte Sinai,o pesado jugo da lei,que ordenava a punição de seus transgressores,e que fazia o pecado conhecido e ampliado.Ora,a lei é santa e boa,pois provém de Deus(Rm 7.7,12).Mas porque somos pecadores,para nós ela só trás morte e destruição(Rm 7.10).Sendo assim,a lei era o "Ministério da Morte".
E o Espírito mencionado em II Co 3.6? Refere-se ao Espírito da Nova Aliança,aliança baseada em fé,não em obras.Sendo nós justificados pela fé,redimidos pelo sangue precioso do Salvador,temos paz com Deus(Rm 5.1.Recomendo que você leia também II Co 3.4-18 para entender melhor o contraste entre o ministério da morte do AT e o ministério de liberdade e justiça do NT).
Agora que vemos que a questão da "letra e do Espírito" não tem nada a ver com o conhecimento acadêmico/teológico,vamos ver o que a Bíblia realmente diz sobre estes últimos:

II Pe 3.18: Cresendo na graça(Favor imerecido de Deus:As bençãos e dons espirituais,etc.) E NO CONHECIMENTO (Teologia e outras disciplinas que a auxiliam,como a Filosofia,a História,a Antropologia,etc.)
At 13.1:Havia na igreja profetas(Pessoas que falavam sobre inspiração direta do Espírito Santo mensagens de exortação e consolo,e em alguns casos previam em futuro.A comtemporaniedade deste ministério é muito discutida entre os evangélicos atuais) e MESTRES(ou doutores-pessoas cultas,esclarecidas nas Escrituras)
I Pe 3.15:Devemos estar prontos para responder à qualquer um que pedir a razão de nossa esperança.Para isso,devemos ter bom conhecimento bíblico,e o ideal seria,de outros assuntos também(caso a pessoa com quem estivéssemos conversando fosse,por exemplo,um ateu,ou outro que não cresse na Bíblia)

Em toda a Bíblia,o conhecimento e a sabedoria são muito valorizados.Muitos servos de Deus(como Salomão e Daniel),se destacaram graças à eles.Assim foi também em toda a história da Igreja,começando pelos pais,como o grande Agostinho,passando pela Idade Média(Anselmo,Tomás de Aquino,etc.),e pela Reforma(Lutero,por exemplo,era bacharel em Artes,mestre em Filosofia e doutor em Teologia)até os tempos atuais.Grandes teólogos,estudiosos,cientistas e artistas tem engrossado as fileiras das hostes celestiais,para glória do Senhor.Que possamos seguir o conselho bíblico,e crescer igualmente na graça e no conhecimento!
E,devemos lembrar,doutrina é importante sim,e faz,muita diferença! Se não fizesse,Jesus não teria mandado seus apostolos ensinarem TODAS as coisas que haviam aprendido(Mt 28.20).Que Deus nos ajude a guardar a sã doutrina,combatendo as heresias que se multiplicam a cada dia no seio da chamada "Igreja Cristã"!

domingo, 3 de março de 2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Quaresma

A Quaresma já era observada pelos cristãos há mais de 1200 anos antes de existirem católicos romanos e protestantes.Surgiu nas comunidades cristãs primitivas devido ao costume de observar-se um período de preparação para a Páscoa,com um período dedicado ao auto-exame,arrependimento,jejum e oração.
Neste período de 40 dias ou "Quaresma",as pessoas imitavam o exemplo de Jesus,que passou 40 dias no deserto em luta espiritual(Mateus 4.1-11;Marcos 1.12,13;Lucas 4.1-13).
O período da Quaresma destinava-se também à preparação intensiva de candidatos para o batismo,ministrado no amanhecer do domingo da Páscoa.Sob a pressão por um mundo secularizado que afasta Deu do centro da vida e que descarta como obsoletos seus mandamentos,o cristão de hoje necessita de um período como a Quaresma para ajustar o rumo de sua vida à luz das Escrituras.A Quaresma nos convida a acompanharmos Jesus no caminho da cruz,aprendendo com ele a carregar a cruz do seu discipulado,num contexto social que nega sua doutrina e exemplo de sacrifício próprio para o bem dos outros.
É costume recente em igrejas reformadas,no domingo que antecede o início da Quaresma,celebrar-se a transfiguração do Senhor.A transfiguração marca o ponto decisivo no ministério de Jesus,depois do qual,ele "manifestou no semblante a intrépida resolução de ir para Jerusalém" e sofrer o sacrifício da cruz(Lucas 9.51)
A Quaresma começa na Quarta-feira de cinzas,assim chamada por causa da tradição bíblica de usar cinzas como símbolo de tristeza,arrependimento e humildade,e termina na véspera da Páscoa.
Os domingos nestes 40 dias,são,"na" Quaresma e não "da" Quaresma.Isto,porque o domingo,que sempre comemora a ressurreição de Jesus,nunca deve ter aspecto de tristeza.

Extraído do Manual do Culto,da IPIB.Editora: Pendão Real

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O batismo infantil é uma prática biblicamente correta?



Uma das questões que existem na igreja evangélica atual diz respeito ao batismo de bebês.Será que ele é legítimo? Ou,será que ele é,como disse um escritor,uma "verdadeira reliquia do papado"? Vejamos:
Nos dias de hoje,em nosso país,a grande maioria dos evangélicos consideram o batismo infantil um erro da ICAR,e que todos os que o receberam devem receber o batismo denovo para se tornarem membros de suas igrejas.Mas nem sempre foi assim.Na época da Reforma, TODAS as igrejas principais apoiavam o batismo infantil.Esse costume é conservado até hoje por elas(luterana,anglicana, reformada continental e presbiteriana).Mesmo outras igrejas surgidas depois,como a metodista,conservaram o hábito.Até mesmo algumas igrejas evangelicalistas o faziam,como a Igreja do Nazareno(hoje em dia,no entanto,esta prática está quase em desuso).Mas,o que diz a Bíblia e o testemunho da história da igreja?
Primeiro temos de observar a origem e o significado do rito do batismo.Ele não foi criado pela igreja,tampouco pelos judeus.Era um costume de povos como os persas.Perto do início da era cristã,alguns grupos judeus(como os essênios)passaram a utilizá-lo,como símbolo de purificação.
Na Bíblia,o primeiro a praticar o batismo foi João Batista,primo do Senhor(Mt 3.1-6).O batismo estava ligado á confissão de pecados e arrependimento.Apesar de ter nascido livre do pecado original e de nunca ter pecado,Jesus recebeu o batismo(Mt 3.13-17),para cumprir a lei e se identificar com seu povo pecador(e assim,inaugurar a primeira fase do cumprimento da profecia de Isaias 53.12).
Jesus foi batizado apenas aos 30 anos! Isso prova que apenas adultos devem ser batizados! Correto? Não.O batismo de arrependimento de João não é o mesmo batismo sacramental ordenado por Cristo à sua Igreja(Mt 28.19).Este último,é um sacramento,conforme diz o credo niceno(adotado pela maioria das igrejas sérias)da remissão de pecados(Jo 3.5).O sacramento de entrada à Nova Aliança(que só foi assinada com a morte de Cristo). Assim sendo,deve ser administrado à todos,pois todos os homens nascem sob o poder do pécado(Rm 3.23),e mesmo as criancinhas estão sujeitas a ele(Sl 51.5).Assim entendiam dois grandes teólogos da igreja primitiva: Cipriano de Cartago(?-258) e Agostinho(354-430).Esses dois homens de Deus defenderam a doutrina bíblica do pecado original,que permeia as Sagradas Escrituras.Hoje em dia,ela é aceita por todas as igrejas sérias no Ocidente.
Mas a Bíblia,mesmo que não usarmos o batismo de João,registra apenas adultos batizados,como o eunuco etíope,Cornélio,Paulo...Não é?: Não...Em várias passagens das Escrituras(At 16.33;At 16.14-15;I Co 11.16) é resgistrado o batismo de famílias.Geralmente,famílias incluem cnanças,ainda mais naquela época,em que o casamento era algo sério e a taxa de natalidade era elevada..Em algumas das traduções da Bíblia,está explícito que crianças foram batizadas nessas passagens.
Em segundo lugar,devemos lembrar que o batismo tem um paralelo com a circuncisão.Assim interpretaram os grandes teólogos ao longo dos séculos.Do mesmo modo que a circuncisão era o método de entrada à Antiga Aliança,o batismo o é para a Nova Aliança.Se crianças eram circuncidadas no AT(Gn 17.11-14),logo devem ser batizadas no NT!.
Alguém poderá dizer: Mas,e as mulheres? Elas não eram circuncidadas! Logo,essa comparação da circuncisão e batismo não é válida,pois,se as mulheres não estavam sujeitas á circuncisão,também podemos deduzir que as crianças não estão sujeitas ao batismo.Mas,vamos analisar bem esta situação:
No AT,porque somente os homens eram circuncidados? Porque Deus escolheu esse sinal? A Bíblia não deixa claro,mas possivelmente temos duas respostas que se complementam:
1)A circuncisão era um ato sangrento.Assim,todos eram lembrados que sem derramamento de sangue não há perdão de pecados(Hb 9.22).
2)O fato do sinal ser aplicado ao órgão sexual talvez represente que é necessário uma força externa para salvar os homens(ou seja,que eles por si mesmos,do jeito que nasceram,não podem salvar a si próprios).
Mas,e o que dizer das mulheres? A maioria dos teólogos reformados tem uma resposta: as mulheres estavam "inclusas" nos seus homens.Assim,quando um homem fosse circuncidado,esse ato valia também para as mulheres relativas à eles.É consenso entre todos que elas eram inferiores aos homens naqueles tempos,diante da Lei.Por isso raramente são mencionadas mulheres nas genealogias,e o Espírito Santo não agia nelas como agia nos homens.Mas,com o advento da Graça,as mulheres tornaram-se iguais aos homens diante de Deus.Para Cristo,não há judeu,nem grego,nem servo,nem patrão,nem homem,nem mulher.Se o Espírito Santo desceu também sobre as mulheres e os corações das fiéis foram feitos templos de Deus,logo elas estavam conquistando uma nova posição de independência espiritual.Por isso as mulheres recebem também o batismo,e são chamadas a servir a Cristo como os homens(não entrarei aqui no assunto da ordenação feminina,pois esse não é o propósito do artigo).Também as criancinhas,tão amadas pelo Senhor,devem receber o sinal da Nova Aliança.
Agora que vimos o significado do sacramento do batismo e os motivos pelos quais não só os fiéis,mas também seus filhos pequenos devem passar por ele,vejamos o que nos diz o testemunho da história da igreja:
Irineu(130-200),discípulo de Policarpo(que foi discípulo do apóstolo João),escreveu que por Jesus,até mesmo os recém-nascidos e crianças poderiam ser salvos e receberem o batismo.Nota-se aí o testemunho de uma pessoa próxima aos apóstolos,de grande dignidade e de uma época em que a igreja era pura(muitos teólogos evangélicos dizem que a igreja começou a se contaminar a partir de 313,com Constantino)
Tertuliano(c. 160-c. 220) registra que o batismo infantil já era praticado nessa época.Para ele,isso era errado.Porque? Assim como em Tertuliano,havia entre alguns teólogos a crença de que o batismo por si próprio tem  o poder de perdoar pecados.Alguns iam ainda mais longe,dizendo que os pecados cometidos depois do batismo erám imperdoáveis.Por isso,quanto mais próximo da morte fosse praticado o batismo,melhor.Mas sabemos que essa visão está totalmente equivocada.A Bíblia diz que Deus ama os seus até o fim.Eles não podem ser arrebatados das mãos de Cristo(Jo 10.28).E o Senhor está sempre pronto a perdoar nossos pecados(I Jo 2.1-2).
Orígenes(185-255) escreveu "A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar batismo também aos recém-nascidos".
Cipriano de Cartago,já citado,escreveu especificamente:"do batismo e da graça não devemos afastar as crianças.
A partir do século V,o batismo infantil passou a ser prática totalmente comum à toda a igreja universal.Na Idade Média,as igrejas oficiais(Católica Romana e Ortodoxa) praticavam o pedobatismo.Alguns grupos cismáticos que buscavam a pureza do evangelho(que de acordo com seu entendimento haviam sido corrompidos)como os valdenses,também praticavam o batismo de crianças.
Durante a Reforma Protestante(séc. XVI),a maioria dos grandes teólogos conservou o batismo infantil.Eles rejeitavam a idéia medieval de que os sacramentos eram eficazes por si próprios(ex opere operato) e de que eram totalmente necessários a salvação.Mas compreendiam,cada um a seu modo,que o pedobatismo deveria ser praticado.
Lutero(1483-1546),que pregou a justificação pela fé apenas(sola fide),dizia que o batismo tinha o poder de regenerar,e assim continuou a prática pedobatista tradicional da igreja.
Zuínglio(1484-1531) foi autor de uma Reforma mais radical,em vários sentidos(por exemplo,eliminou as imagens das igrejas,coisa que Lutero não fez).Ele cria que o batismo em águas não tinha poder de comunicar alguma graça,era apenas um símbolo,mas,valendo-se do argumento de que o batismo é para o novo concerto o que a circuncisão era para o velho manteve a prática do pedobatismo,e foi ferrenho opositor daqueles que o negavam.
Já Calvino(1509-1564) propôs um meio-termo entre a visão luterana e a zuingliana.Ele aceitava que o batismo era símbolo.Mas cria também que o mesmo era um "meio de graça"(embora não do mesmo modo que Lutero).Calvino também defendia o pedobatismo baseando-se no argumento da circuncisão.Fortemente influenciado por Agostinho(em cujos estudos encontrou argumentos para defender,entre outras coisas,a doutrina bíblica da predestinação incondicional),dizia que o batismo é um testemunho,um símbolo da remissão dos pecados.Se as crianças já nasciam pecadoras,obviamente deveriam ser batizadas!
A igreja protestante da Inglaterra(Anglicana) manteve também a prática do batismo infantil).
Nos séculos que se seguiram,a discussão continuou a existir.No entanto,os que defendiam e os que condenavam o batismo infantil passaram a viver de forma mais cordial.Por exemplo,nó séc. XVII,o pastor batista John Bunyan(famoso autor de "O Peregrino") recebia em sua igreja cristãos batizados na infância sem exigir o rebatismo.
Hoje em dia,a discussão ainda prossegue.Presbiterianos,reformados continentias,anglicanos,metodistas e luteranos praticam o batismo infantil.Batistas e pentecostais só batizam adultos.
Nós reformados,defendemos o batismo de crianças,visto que o consideramos como bíblico.Conforme diz a Confissão de Fé de Westminster(documento do séc. XVII usado pelas igrejas presbiterianas como explicação de sua fé, baseada nas Escrituras):“Não só os que de fato professam a  sua fé em Cristo e obediência a ele; mas  também os filhos de pais crentes (ainda que só um deles o seja) devem ser batizados”
No próximo artigo sobre batismo trataremos da questão: Qual é a forma correta de batismo?