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sábado, 23 de novembro de 2013



Evangelho Dominical Comentado
Domingo - dia 24 de novembro de 2013
Jesus, Rei dos reis
Lucas 23.35-43

Introdução:
            Jesus nasceu para reinar. O seu reino passou necessariamente pelo sofrimento da cruz. Ali o Jesus foi humilhado, escarnecido, condenado, mas continuou sendo o Rei Salvador de todos os que o buscam com Senhor.
            Mediante a cruz de Cristo e sua ressurreição, Jesus passou a reinar nos corações e voltará para buscar a igreja e concretizar seu reino sobre o mundo implantando um novo céu e uma nova terra.

I. Rei humilhado
            Jesus veio para reinar. O Reino de Jesus passou pela cruz e pela coroa de espinhos. Implantou o Reino de Deus com seu sacrifício.
            Enquanto o povo (35) que "estava ali e a tudo observava", as "autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido".
            As autoridades religiosas aproveitaram o sofrimento de Cristo para humilhá-lo. Se Jesus fosse de fato o Cristo de Deus, o escolhido, então deveria salvar a si mesmo. Esta era conclusão dos religiosos.
            Jesus não veio para se salvar. Veio dar sua vida em resgate por muitos (Mt 20.28). No Rei humilhado na cruz temos a redenção.

II. Rei escarnecido
            Os soldados romanos também aproveitaram para escarnecer de Cristo (36). Trazendo vinagre para colocar em sua boca diziam: (37) "Se tu és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo".
            Os gentios não entenderam que Jesus veio para morrer.
            Era necessário sua morte na cruz. Se o grão na terra não morrer, ele não brota (Jo 12.24).
            Os soldados não conseguiram ver um Rei pendurado na cruz. Apostaram que aquele seria o fim de Jesus.
            A falta de entendimento e revelação prejudica nosso juízo sobre os acontecimentos.

III. Rei condenado
            O Império Romano condenou Jesus. Depois de um julgamento injusto Jesus é condenado. Pilatos manda colocar (38) uma epígrafe em letras gregas, romanas e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS".
            Jesus veio como o rei messias. Rei prometido e esperado pelo povo de Israel. O Rei salvador. Como o povo rejeitou seu reinado, o Império Romano o condena como "Rei dos Judeus". Foi condenado por ter nascido rei.
            Mas as pessoas não sabiam que o caminho do reinado de Cristo passaria pela Cruz. Ali não estava apenas o Rei dos judeus. Ali está o Rei do Universo. O Rei dos reis. O reinado do Senhor não tem fim (Lc 1.33).

IV. Rei salvador
            Jesus foi crucificado com dois malfeitores, provavelmente pessoas envolvidas com revoluções para expulsar os romanos da Palestina. Alguns estudiosos acreditam que pertenciam ao grupo de Barrabás.
            Um blasfemava como todo o povo (39): "Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também".
            O outro repreendia o companheiro (40):  "Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? (41)   Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez".
            Este homem não somente reconhece a inocência de Jesus, mas tem a revelação de Deus de que Jesus era de fato o Rei Salvador e que o seu reino não pertencia a este mundo.
            Na fé ele pede ao Senhor: (42) "Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino".
            Ele teve a certeza do Espírito Santo de que Jesus estaria entrando em seu reino como verdadeiro Rei.
            O Senhor Jesus responde (43): "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso".
            Jesus é o Rei salvador para todo aquele que permite o reinado sobre suas vidas (Ap 19.6).

Conclusão:
            Jesus é o Rei do Universo. Ele é o Rei dos Reis. Seu reinado é eterno e absoluto. Ele reina e reinará para sempre. Um dia voltará e fará novo céu e nova terra. Hoje precisamos entregar todas as áreas da nossa vida para que o Senhor venha reinar. Quando Jesus reina, tudo é transformado pelo seu reinado de amor e graça.

Por  

Festa de Cristo, Rei do Universo

24 de novembro de 2013
Rev. Edson Cortasio Sardinha



            Este é o último domingo do Ano Litúrgico. Com este domingo encerra o Ano Cristão e fecha o ciclo litúrgico.
            O Ano Cristão começa no Advento (anúncio do nascimento do Senhor) e passa por todo o ministério do Senhor Jesus. No Ciclo do Natal meditamos em seu nascimento e manifestação. No Ciclo da Páscoa meditamos em sua morte e ressurreição. No Tempo Comum meditamos em seu ministério. Cada domingo lemos o Evangelho de Lucas (Ano C) meditando na caminhada do Senhor Jesus.
            Agora, neste domingo finda-se o Ano Cristão. No próximo domingo já celebraremos o novo Ano com o primeiro domingo do Advento. Neste ano lemos Lucas - Ano C e no próximo ano litúrgico caminharemos por Mateus - Ano A.
            O  Ano Litúrgico da Igreja é encerrado com a festa de Cristo Rei dos reis.
            Diante de tantos movimentos políticos e sociais, o cristianismo pregou que o verdadeiro Rei é o Senhor Jesus. Este foi o contexto que deu início a esta bonita celebração.
            "Cristo Rei foi uma das últimas celebrações instituída pelo Papa Pio XI, na época em que o mundo passava pelo pós-guerra de 1917, marcado pelo fascismo na Itália, pelo nazismo na Alemanha, pelo comunismo na Rússia, pelo marxismo-ateu, pela crise econômica, pelos governos ditatoriais que solapavam toda a Europa, pela perseguição religiosa, pelo liberalismo e outros que levavam o mundo e o povo a afastar-se de Deus, da religião e da fé, culminando com a 2ª Guerra Mundial".
            A festa foi instituída para que todas as coisas culminassem na plenitude em Cristo Senhor, simbolizado no que diz o Apocalipse: ”Eu sou o Alfa e o Ômega, Principio e Fim de todas as coisas.” (Ap1, 8).
            Esta festa celebra o reinado de Cristo, o Reino de Deus e nossa participação neste reino. O fim da história não é o sofrimento nem as desigualdades. O fim da História é Jesus Cristo, nosso Senhor, o Rei dos Reis.
            Neste dia celebramos a vitória de Jesus sobre a morte, o mundo, a carne e o diabo.
            No Ano C, as leituras do Dia de Cristo, Rei do Universo são: II Sm 5.1-3; Sl 122, Cl 1.12-20 e Lucas 23.35-43.
            O livro de II Sm 5.1-3 fala da unção de Davi como rei de Israel. Davi passou a ser o modelo do grande Rei. Figura do Rei que viria.
            O Salmo 122 canta a alegria de Jerusalém ter o trono do Rei. É a fé de que o Rei Messias viria reinar em Jerusalém.
            Paulo aos Colossenses 1.12-20 diz que Deus nos tirou das trevas e nos transportou para o reino de Jesus. Em Jesus foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. Ele é o verdadeiro Rei. 
            O Evangelho de Lucas 23.35-43 fala de Jesus reinando em Jerusalém através de sua morte na cruz. A cruz foi o início do reinado de Cristo, onde nos deu o perdão dos pecados e nos comprou e nos redimiu para sermos seu povo eleito.
            Celebremos esta data orando:

            "Onipotente e sempiterno Deus, que sempre estás mais pronto a ouvir do que nós a suplicar, e nos dás mais do que desejamos ou merecemos; derrama sobre nós a tua misericórdia, perdoando os nossos pecados e dando-nos as bênçãos que não somos dignos de pedir, senão pelos merecimentos de Jesus Cristo teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.Amém". 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A MANIA DE ALGUNS EVANGÉLICOS FUNDAMENTAREM SUA FÉ EM ENSINOS DE EX-SATANISTAS

Por Renato Vargens

O caso da "girafa encapetada" trouxe a tona a triste realidade de que existe um número incontável de cristãos fundamentando sua fé em achismos, misticismos e ocultismo. Para piorar a situação não são poucos aqueles resolveram fazer cursos extra-bíblicos ministrados por ex-satanistas cujo intuito é claro, descobrir as estratégias do cão.

Caro leitor, confesso que fico assustado com aqueles que preferem dar ouvidos a experiência de um ex-bruxo à fundamentarem sua fé naquilo que as Escrituras dizem.  Nessa perspectivas tem surgido em nossos arraiais doutrinas extremamente estapafúrdias, senão vejamos:

1-  Pacto involuntário com o Demo

Essa é uma das doutrinas mais comuns propagadas e defendidas por ex-satanistas. Segundo estes, qualquer pessoa que tem contato com um amuleto, figura, boneco, brinquedo ou qualquer outra coisa que "pertença"ao diabo, faz com ele um pacto involuntário. Ora, a estes eu repondo com um brilhante texto da Norma Braga que diz: 

"Na cosmovisão cristã não existem pactos involuntários. Aliás, em lugar nenhum, já que a natureza de todo pacto (trato, acordo) é necessariamente voluntária. A crença em pactos involuntários é uma concessão ao pensamento mágico, típico das religiões esotéricas. Se seus atos involuntários tivessem algum poder espiritual, você estaria perdido, sua salvação seria impossível. Se por meio do sacrifício de Jesus Cristo DEUS efetuou essa salvação em você, não é um ato involuntário que vai invalidar o que Deus fez. Um ato involuntário do homem não pode ser mais forte que um ato voluntário de Deus."

2- O crente precisa conhecer  as estratégias satânicas para que não seja pego de surpresa e tenha frustrado o plano de Deus em sua vida

Essa é uma visão absolutamente equivocada e distante daquilo que as Escrituras nos ensinam. Ora, ainda que a Bíblia nos diga que temos um adversário espiritual, e que a nossa luta não é contra sangue ou carne, mas sim contra principados, potestades, dominadores do mundo tenebroso e força espirituais da maldade, em nenhum momento nós encontramos na Palavra de Deus orientações  da parte do Senhor ou dos apóstolos sobre a necessidade de descobrirmos os planos estabelecidos por satanás e seus anjos. 

Prezado amigo, parece que alguns dos evangélicos têm vocação para ghostbusters, isto porque, procuram o diabo em tudo que é lugar. Alias, assusta-me o fato de que o adversário de nossas almas receba tanta atenção por parte dos cristãos. Em alguns dos cultos evangélicos o diabo é entrevistado, da dicas espirituais e em alguns casos até prega.

Em minha caminhada cristã tenho ouvido e visto histórias do arco da velha. Já ouvi alguns afirmarem que a fanta uva é a bebida do cão que a Procter Gamble financia a obra do capeta, que alguns discos (ainda existem?) tocados ao contrário exaltam o cramulhão, que o ratibum cantado no parabéns para você é uma maldição, que aDisney tem pacto com o demo, que o rock é o ritmo do inferno, e muito mais.  

Sinceramente diariamente me questiono porque as pessoas ficam procurando chifre em cabeça de cavalo. Não dá para engolir essa " mania gospel de ser". Aliás, vamos combinar uma coisa? Parte da chamada igreja de Jesus se tornou extremamente supersticiosa. Sei de líderes que orientam o rebanho a não usar roupa intima de cor vermelha, pois atrai maus espíritos. Outro dia eu soube de um pastor que estava ensinando numa igreja histórica da cidade que a mulher que usa calcinha vermelha dá legalidade ao diabo, podendo portanto, ficar endemoniada. Outro líder evangélico conhecido por muito testemunha que foi instruído por um "ex-alguma coisa" a não pensar em voz alta, pois o diabo poderia ouvir e frustrar seus planos.

Caro leitor, alguma precisa ser feita, os valores do reino de Deus precisam ser resgatados, a Bíblia necessita novamente ocupar a centralidade de nossa fé, e o evangelho de Cristo pregado com graça, sabedoria e poder. 

Veja bem, Cristo não lhe salvou para fundamentasse sua fé naquilo que as pessoas, o diabo ou quem quer que seja, diga que deva fazer. O Senhor o chamou para fundamentar vida e comportamento  em sua Palavra. Ela  basta, ela é suficiente, portanto, deixe e o cão pra lá e  regresse as Escrituras fazendo dela sua única e exclusiva regra de fé.

Renato Vargens