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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

A PAZ DE DEUS ENCHEU O MEU CORAÇÃO

 PEQUENOS TRECHOS DO MEU TESTEMUNHO, QUE PUBLICAREI EM BREVE


"Próximo à virada deste ano, estando eu (que reúno os pecados dos corruptos, dos fracos, dos relapsos, dos profanos, dos hipócritas, dos pagãos, e das prostitutas),jazia no chão do meu quarto, urrando de dor, seminu devido ao calor abrasante, lançando jorros de poesia dionisíaca, blasfemando, cego pelo ódio, tendo como único credo e fé a vingança contra  um mundo hostil , esmagado pelo peso dos meus pecados e do meu remorso, abandonado por muitos falsos amigos, vendo as causas e pautas que apoiara revelando a sua face trevosa por trás da máscara, o meu mundo caindo nas sombras; quando eu, sentindo meu próprio malcheiro,  atirei a Bíblia no chão e cogitei o suicídio, não foi o "Jesus da arminha", nem o "Jesus marxista" quem me resgatou. Não foi o "Jesus milagreiro" ou o "Jesus trans" quem estendeu a mão para mim. Não foi o “Jesus ariano” ou o “Jesus bonachão” quem teve compaixão de mim. Nenhum Jesus de nicho. Muito menos um dos muitos “jesuses” feitos à nossa pecaminosa imagem e semelhança. Foi o Jesus onipotente humilhado na cruz. Foi o Jesus temível que perdoa por graça. O Jesus Divino e Humano. O Jesus que está à destra do Pai, e na pequena hóstia do altar. O Jesus que é tudo em todos.  O Jesus acolhedor e transformador. O Jesus único e sublime, que não rejeita ninguém. O Jesus que trata conosco pela Lei e pelo Evangelho. O Jesus que aparecerá novamente para glorificar os pecadores contritos – e julgar com rigor os pecadores impenitentes. "


"Era como se, naquele momento, a terra se abrisse e o inferno ardesse sob meus pés. Mas então, em minha mente, eu visse impressa fortemente a imagem do Cristo, de seu rosto esvaecido, seus cabelos ensanguentados, sua boca cerrada, a palidez mortal em sua face sagrada. Seus olhos estáticos, porém mais profundos que o firmamento. As suas chagas abertas e horríveis, seu sangue abundante, o odor nauseante de suas chagas, suas carnes querendo saltar pelos vergões. As mãos atravessadas, pregadas ao lenho cruento.  Ah, o horrível espetáculo do Gólgota! Era como se ele me lembrase, novamente, com toda ternura “-Sou o teu Salvador!”.


"Um homem sem a graça divina pode se submeter a severos castigos e privações que imponha a si próprio. Surrar o próprio corpo até sangrar, viver em jejum e abstinência, adotar rígida disciplina de atividade religiosa, se refugiar no topo de uma montanha, seguir à risca regras rígidas em relação à vestimentas, costumes, hábitos e atividades, dar a vida por uma causa filosófica ou humanitária. Ainda assim, não renuncia ao seu ego, pois tem em suas mãos o controle de sua “vida santa”, e a ideia de que é justo e bom. Supremo engo! Se não for pela graça divina, nenhum mortal é minimamente capaz de matar a sua velha natureza, ou de se submeter filialmente àquilo que não está sob seu controle. Sem qualquer mérito de minha parte, Deus me chamara, no santo batismo, que recebi aos treze anos, pelo nome. Durante esses anos, me dera graça através de sua Palavra, não permitindo que eu me perdesse, apesar das minhas transgressões. Foi por tal graça que consegui, no momento extremo, retornar à plenitude da promessa que recebera."


"Melhorei significativamente de meu quadro depressivo. Tenho alegria e vontade de viver. Sinto-me melhor no aspecto físico, mais saudável e vivo. Retomei atividades culturais (como, por exemplo, assistir a um concerto no teatro, após treze longos anos!). Faço coisas que antes não faria. Melhorei meus hábitos alimentares. Arranjei muitos amigos, como nunca em minha vida havia tido. Com a graça de Deus, tenho ajudado várias pessoas, nas maneiras que me são possíveis. Tenho novos projetos e objetivos a perseguir. Sinto prazer em arrumar minhas coisas. Desenvolvi habilidades esmaecidas. Reencontrei pessoas do meu passado. Perdoei e fui perdoado. Vários preconceitos ruíram. De uma maneira que só posso classificar como sobrenatural, em curto espaço de tempo, recebi por vias naturais e sutis inúmeras respostas, sinais e orientações, que buscara em vão por toda a vida (como Moisés no Sinai, fico trêmulo e espantado ao recordar!). Só tenho a agradecer.


No entanto, a paz de espírito é o mais surpreendente. Derramei abundantes lágrimas de contrição -como quem chora o primogênito a quem transpassou- misturada com indescritível alegria -. Eu realmente NÃO cria que tais cenas, vistas em filmes ou livros, ocorressem. Mas quando me vi, de joelhos, com as mãos estendidas, chorando copiosamente- e ao mesmo tempo rindo!- sentindo a graça divina inundar os meus sentimentos e a minha mentem, pude sentir Deus em cada aspecto, na alegria e na dor. Pude amar a vida, mas estar pronto para deixá-la. Posso crer no amanhã. Pude sentir, ao lado desta inefável alegria cristã, um pungente sofrimento e angústia pelas dores do mundo. Compadeci-me das vítimas da pandemia, as famílias enlutadas, as pessoas sem esperança, e aqueles que se desviaram do evangelho para seguir ao seu ídolo político durante a quarentena. Aprendi, mesmo que imperfeitamente, a perdoar. Por discordâncias ideológicas, fui ofendido e humilhado por pessoas que outrora me admiravam. Mas como poderia ter raiva, se eu recebi tão grande perdão. Com toda a paz no coração, oro por essas pessoas, para que voltem a seguir exclusivamente a Cristo, lançando fora os ídolos e falsos salvadores.Posso enfrentar o sofrimento com mais resignação e perseverança. Pude saber que, embora eu vá errar ou retroceder muitas vezes nesse caminho, sempre serei reconduzido e guardado. "

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