Quão ferida tua cabeça!
De cruéis espinhos coroada
Perfuraram a tua fronte
Deveras muito ensanguentada
Bateram com uma cana
Em tua face bondosa
E lhe fincaram com ira e furor
A coroa vil e maldosa
Quanto sangue corre
Pelo teu rosto iluminado
Ah! rios vermelhos
Sobre este rosto abençoado
Que expressão triste e caída
Revela a nós o teu amor
Essa fronte tão sofrida
Carregada de tanta dor
Quão gloriosa permanece
A tua fronte desabada
Invicta,apesar de tudo
Pois a vitória será consumada
Mas eu deveria estar
No seu lugar,ó Senhor
Minha fronte merecia ser coberta
De espinhos,de tanta dor
II.AS MÃOS DO SENHOR
Ah! Atravessadas por pregos
As duas mão benditas do Senhor
Quando sofrer lhe causaram
Esses cravos de angústia e dor
Como corre o sangue escarlate
Dessas mãos tão amorosas
Como estão tão vermelhas
Por causa das feridas dolorosas
Ah! Grudadas no rude lenho
Na madeira grosseira da mata
Numa cruz de ódio e dor
Como sofre,de Davi,a nata!
Mãos bondosas de cura e amor
Sempre estendidas para abençoar
Agora pregadas ao rude lenho
E da cruz não podem se soltar!
Mas eu deveria estar
No teu lugar ó Senhor
Minhas mãos deveriam sofrer
Esta grande e terrível dor
III.OS PÉS DO SENHOR
Deus Pai,que agonia!
Os pés de Cristo atravessados
Também por cravos cruéis
Vilmente atormentados
Vivo é o vermelho do sangue
Que corre sobre essa madeira
Forma uma poça horrível
Sobre o monte da Caveira
Ai Deus! Pregados no lenho
Em madeira tão áspera e rude
Causei-lhe eu tanto sofrer
Como será fazê-lo eu pude?
Cada pé que caminhou para pregar
As boas novas de amor e paz
Agora está na cruz fincado
E de andar não é mais capaz
Mas eu deveria estar
No teu lugar,bom Salvador
Meus pés deveriam sofrer
Tão atroz e terrível dor
IV.AS COSTAS DO SENHOR
Como foi tão açoitado
O dorso de nosso Senhor
Pelo açoite da cruel Roma
Por causa do fariseu,e do traidor
Terrível era o chicote
Com pontas horríveis pregadas
Para causar dor lancinante
Na vítima a ser açoitada
Meteram-lhe com força nas costas
O açoite cruel é vil
Causando no lombo de Cristo
Uma das piores dores que se viu
Rasgadas e cobertas de sangue
Ficaram suas costas benditas
E isso causou alegria
Naquela gente vil e maldita
Mas quem deveria sofrê-lo?
Eu,da lei um trangressor
Mas para salvar-me
Sofreu-o Jesus Senhor
V.OS OMBROS DO SENHOR
Quão cansados e doídos
Ficaram os ombros de Jesus
Ao carregar,preso e oprimido
O peso daquela cruz
Carregá-la,quem devia?
Eu,vil pecador
Mas por seu amor imenso
Carregou-a o Salvador
VI.A ALMA DO SENHOR
Ó quão triste e quão aflita!
A alma de Cristo Jesus
Ao ver que o mundo não queria
Que resplandecesse a sua luz
Quantas lágrimas derramou
Por aquele povo pecador
Pois seu sacrossanto coração
É cheio de ternura e de amor
Alguém poderá sondar,medir?
Alguém poderá essa dor entender
A dor na alma do Filho de Deus
Alguém poderá a compreender?
Não,pois ninguém ama tanto
A ponto de tanto se sacrificar
De derramar corpo e alma na morte
A fim de o ímpio santificar
Que eu possa também,ó Jesus
Amar as almas com fervor
E conduzí-las por graça divina
A Ti,meu Deus e Salvador
VII.O LADO DO SENHOR
Pende o Cristo morto
Pela morte foi dominado
Como um homem qualquer
Tornou-se em cadáver,qual derrotado
O cruel soldado romano
Enfiou-lhe a lança pelo lado
Jorrou água e sangue então
Do corpo tão machucado
VIII.ORAÇÃO
Faça Senhor que eu carregue
De suas chagas ,o sinal
Que eu compartilhe tuas dores
Até o dia final
Que eu suporte o peso da cruz
Por mim,mísero pecador
Todo o mal padeceste
Giovani V. de Aguiar
Nenhum comentário:
Postar um comentário