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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Meditação e lamento sobre o Cristo morto

I.A CABEÇA DO SENHOR



Quão ferida tua cabeça!

De cruéis espinhos coroada

Perfuraram a tua fronte

Deveras muito ensanguentada



Bateram com uma cana

Em tua face bondosa

E lhe fincaram com ira e furor

A coroa vil e maldosa



Quanto sangue corre

Pelo teu rosto iluminado

Ah! rios vermelhos

Sobre este rosto abençoado



Que expressão triste e caída

Revela a nós o teu amor

Essa fronte tão sofrida

Carregada de tanta dor



Quão gloriosa permanece

A tua fronte desabada

Invicta,apesar de tudo

Pois a vitória será consumada



Mas eu deveria estar

No seu lugar,ó Senhor

Minha fronte merecia ser coberta

De espinhos,de tanta dor





II.AS MÃOS DO SENHOR



Ah! Atravessadas por pregos

As duas mão benditas do Senhor

Quando sofrer lhe causaram

Esses cravos de angústia e dor



Como corre o sangue escarlate

Dessas mãos tão amorosas

Como estão tão vermelhas

Por causa das feridas dolorosas



Ah! Grudadas no rude lenho

Na madeira grosseira da mata

Numa cruz de ódio e dor

Como sofre,de Davi,a nata!



Mãos bondosas de cura e amor

Sempre estendidas para abençoar

Agora pregadas ao rude lenho

E da cruz não podem se soltar!



Mas eu deveria estar

No teu lugar ó Senhor

Minhas mãos deveriam sofrer

Esta grande e terrível dor



III.OS PÉS DO SENHOR



Deus Pai,que agonia!

Os pés de Cristo atravessados

Também por cravos cruéis

Vilmente atormentados



Vivo é o vermelho do sangue

Que corre sobre essa madeira

Forma uma poça horrível

Sobre o monte da Caveira



Ai Deus! Pregados no lenho

Em madeira tão áspera e rude

Causei-lhe eu tanto sofrer

Como será fazê-lo eu pude?



Cada pé que caminhou para pregar

As boas novas de amor e paz

Agora está na cruz fincado

E de andar não é mais capaz



Mas eu deveria estar

No teu lugar,bom Salvador

Meus pés deveriam sofrer

Tão atroz e terrível dor



IV.AS COSTAS DO SENHOR



Como foi tão açoitado

O dorso de nosso Senhor

Pelo açoite da cruel Roma

Por causa do fariseu,e do traidor



Terrível era o chicote

Com pontas horríveis pregadas

Para causar dor lancinante

Na vítima a ser açoitada



Meteram-lhe com força nas costas

O açoite cruel é vil

Causando no lombo de Cristo

Uma das piores dores que se viu



Rasgadas e cobertas de sangue

Ficaram suas costas benditas

E isso causou alegria

Naquela gente vil e maldita



Mas quem deveria sofrê-lo?

Eu,da lei um trangressor

Mas para salvar-me

Sofreu-o Jesus Senhor





V.OS OMBROS DO SENHOR



Quão cansados e doídos

Ficaram os ombros de Jesus

Ao carregar,preso e oprimido

O peso daquela cruz



Carregá-la,quem devia?

Eu,vil pecador

Mas por seu amor imenso

Carregou-a o Salvador





VI.A ALMA DO SENHOR



Ó quão triste e quão aflita!

A alma de Cristo Jesus

Ao ver que o mundo não queria

Que resplandecesse a sua luz



Quantas lágrimas derramou

Por aquele povo pecador

Pois seu sacrossanto coração

É cheio de ternura e de amor



Alguém poderá sondar,medir?

Alguém poderá essa dor entender

A dor na alma do Filho de Deus

Alguém poderá a compreender?



Não,pois ninguém ama tanto

A ponto de tanto se sacrificar

De derramar corpo e alma na morte

A fim de o ímpio santificar



Que eu possa também,ó Jesus

Amar as almas com fervor

E conduzí-las por graça divina

A Ti,meu Deus e Salvador



VII.O LADO DO SENHOR



Pende o Cristo morto

Pela morte foi dominado

Como um homem qualquer

Tornou-se em cadáver,qual derrotado



O cruel soldado romano

Enfiou-lhe a lança pelo lado

Jorrou água e sangue então

Do corpo tão machucado



VIII.ORAÇÃO



Faça Senhor que eu carregue

De suas chagas ,o sinal

Que eu compartilhe tuas dores

Até o dia final



Que eu suporte o peso da cruz

Pois Tu suportaste e venceste

Por mim,mísero pecador

Todo o mal padeceste





Giovani V. de Aguiar

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