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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Halloween?! Ou... Dia de Ação de Graças, ou Reforma Protestante.


Eu vinha acompanhando meu filho no trajeto da escola, sempre conversamos sobre muitos assuntos – o que ele fez na escola, o que aprendera de novo, as brincadeiras e novas amizades. Foi quando ele me perguntou, por duas vezes, sobre o Halloween, e de maneira rápida eu respondi aquilo que veio em minha mente: é uma festa norte americana sobre as bruxas.
Na outra ele me disse que iriam fazer um feitiço na escola junto com a ‘Pro’ (professora). Fiquei um pouco irritado e disse: por que celebrar uma festa de bruxa?!

Há tantas coisas boas dos norte-americanos que poderíamos imitar e pegamos algo com significado tão triste. Por que não celebrar o dia de “Ação de Graças” – que é uma festa mais interessante? Ou até mesmo o dia da “Reforma Protestante” - que se comemora no mesmo dia (31 de outubro).
Se esse dia fosse, pelo menos, um dia de celebração à memória de tantas pessoas mortas na Idade Média pela Igreja Católica Romana, torturadas e queimadas sob a acusação de prática da feitiçaria, de curandeirismo, ou porque representavam ameaça ao poder e dominação da igreja... Um dia no qual a igreja pedisse perdão pelos pecados cometidos contra aquelas pessoas.
Mas, vamos buscar algumas informações e refletir sobre esta ‘festa’, para sermos mais seletivos aproveitando apenas as coisas boas.
O dia de halloween, como celebrado hoje é, na verdade, uma série de tradições sobrepostas que datam, aproximadamente, 2.500 anos. Inicialmente herança dos celtas, influência inglesa, os católicos sobrepuseram outra celebração – o dia de finados.
Sobrepostas, mas em síntese retratam quase as mesmas coisas: dia de todos os santos, dia dos mortos, espíritos, bruxas, feitiços, medo, morte. Não há necessidade de nos aprofundarmos mais, o que temos já é suficiente para nossa reflexão e avaliar a influência dessa cultura na cultura brasileira.
A questão é: se formos celebrar e aderir a outras celebrações, de outras culturas, que escolhamos festividades realmente significativas.
A festa do halloween tem sido divulgada no Brasil por escolas de idiomas, escolas particulares e até a rede pública tem incentivado a celebração, com a intenção de tornar conhecida a cultura norte-americana. Mas, mesmo dentro da educação existe uma discussão: por que não outras festas, de outras culturas, inclusive e, principalmente, da própria cultura brasileira na agenda das escolas?
A bruxaria tem como história o envolvimento com o mal, com o diabo e a morte. No halloween as bruxas se reúnem com o diabo, que é o ‘chefe’ da festa e espalha feitiço e medo na face da terra. Não é preciso dizer muita coisa: uma festa que retrata e enaltece o nome do diabo, da morte e de bruxas deve ser rejeitada.
Poderíamos, por exemplo, incentivar e celebrar o “dia de ação de graças”.
A América do Norte celebra com entusiasmo o ‘dia de ação de graças” – é uma festa importante retratada, inclusive, em muitos filmes, desenhos animados, etc. E com uma mensagem importantíssima, reconhecendo que o fruto da colheita é uma dádiva de Deus. É um dia de ação de graças a Deus que mandou o pão para suas mesas.
Nos Estados Unidos é um feriado nacional, acontecem desfiles, feiras e festivais; uma tradição muito forte que tem o hábito de reunir a família. É celebrado sempre na quarta 5ª-feira do mês de novembro, próximo ao halloween.
O mais triste é que o halloween sobrepôs outra festa que herdamos dos norte americanos – a “Reforma Protestante” –  o protestantismo chegou ao Brasil por meio do Pastor norte-americano Ashbel Green Simonton, enviado pela Igreja Presbiteriana.
A Reforma Protestante, entre outras coisas, denunciou os pecados da Igreja que havia estabelecido um sistema de escravidão e opressão, deixando de ser meio de graça. Deixara de ser bênção e conduzir seus fiéis ao Deus (Filho) que morreu em lugar do pecador para salvá-lo.
Devemos buscar celebrações mais interessantes, mais saudáveis, educativas; outras culturas. E, principalmente, não nos deixarmos envolver por celebrações que fazem apologia ao diabo, à morte e culturas que trazem mais medo e trauma para o povo brasileiro.
Festejemos a vida! O Brasil: que é um país abençoado, possui uma riqueza que são suas florestas naturais, rios, etc.
Festejemos ao Deus que tudo criou e nos concedeu a bênção de desfrutar gratuitamente do universo, ainda que a política norte-americana tente ser dona de tudo e pôr preço naquilo que não lhes pertence.
Se vamos copiar alguma coisa, vamos ser mais seletivos e copiar coisas que cooperem para o crescimento humano.
Celebremos a Deus, que nos concedeu a vida.
Rev. Ricardo J. Bento
26.10.2011

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