II Tm 4.13
“Quando vieres, traze a capa que deixei
em
Troade , em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos”
Estima-se que a escrita tenha surgido na
Suméria, num tipo chamado "cuneiforme", há cerca de cinco mil e
quinhentos anos. A partir desta época, surgiram em variados lugares, como o
Egito, a China e a Índia, uma série de sistemas de escrita. Provavelmente os
primeiros livros eram inventários de bens e códigos de leis. Mas logo surgiram
livros com a temática sobrenatural, envolvendo deuses, espíritos, profetas e
sacerdotes. Esse tipo de escrita sacra seguiu se desenvolvendo ao longo de toda
a Antiguidade, e no período que se extendeu por volta de 1.400 a.C. à 100d.C.,
a Bíblia Sagrada foi escrita e compilada. Com sua inspiração divina, comprovada
pelo teste da História, suas particularidades, sua profunda verdade moral e
pelo magistério do Espírito Santo, este livro deve ser nosso único guia de fé e
prática. Ela é suficiente para guiar a conduta cristã em matéria espiritual e
moral.
Tratando destes assuntos, escrita e
livros, o que as Sagradas Escrituras nos ensinam sobre os tais? O grande
apóstolo dos gentios nos sugere a resposta. Os bons livros devem sempre estar
juntos de nós.
Já temos visto que, de modo algum, as
Escrituras nos proíbem, conforme apregoado por alguns, o conhecimento
teológico, histórico, científico, racional e filosófico como formas de auxílio
na interpretação da Bíblia. A letra que mata não é o conhecimento acadêmico, e
sim a letra da Lei, ministério da morte, gravado em pedras II Co 3.6-8. Muitos
homens de Deus ficaram conhecidos por seu conhecimento, como Daniel e seus
companheiros, “doutos em conhecimento (Dn 1.4,20.) Salomão foi escritor de
cânticos e provérbios. E o já citado Paulo conhecia muito da tradição judaica e
a tradição e filosofia gregas, chegando a debater com filósofos no Areópago.(At
17.16-34)
Vejamos, irmãos, a grande dádiva que nos
dão os livros, a ponto de Deus revelar sua salvação à humanidade na forma
destes! Quantos livro de grandes pensadores têm nos edificado. Obras sobre cultura, ficção, história, ciência,
moral e filosofia. Através das grandes obras de alguns autores não-cristãos,
podemos ver que até mesmo sobre estes Deus derrama um tanto de sua verdade e um
tipo de sabedoria.
E o que dizer então
da produção de obras sobre crer e obedecer, fé e obras, ortodoxia e santidade,
os mistérios de Deus na humanidade e seu agir bondoso e o que Ele deseja de
nós? O Cristianismo foi a maior fonte de produção literária da humanidade.
Desde os chamados Pais da Igreja (pensadores cristãos dos primeiro séculos
conhecidos por sua piedade, ortodoxia e publicação teológica), passando pelos
monges administradores das bibliotecas medievais, e pelos reformadores (que
eram homens cultos e davam ênfase ao ensino infantil e juvenil), até os
apologistas e sábios que brilhantemente tratam dos assuntos sagrados em nossos
dias, temos um tesouro inesgotável. As
grandes obras passam pelo crivo da História. Sob a santa fé cristã, surgiu o
sistema universitário moderno. Por religiosos foi fundado o método científico. Nisso
tudo vemos a importância dos bons livros.
É óbvio que os mais
sábios podem ler certas coisas que turbariam os mais fracos. É nossa missão,
daqueles que já estão na fé há um tempo,
recomendar e aconselhar irmãos mais simples ou novos-convertidos sobre o que
devem ler. Mas sempre devemos propagar esse hábito a outros cristãos, pela
série de benefícios que daí advém, para a glória de Deus.
Com a graça de
Deus, diversas editoras cristãs passaram a
produzir material de ótima qualidade teológica, como a CPAD, a JUERP, a
ECC e várias outras. É importante que os obreiros tenham hábito de leitura e o
propaguem aos outros irmãos. E, como já foi dito, mesmo livros seculares podem ser excelente fonte de benefícios.
Dos tratados
teológicos de Agostinho aos livros de
ficção de Tolkien. Das epístolas de Calvino aos grandes historiadores.
Dos sermões de Lutero às alegorias de Lewis. Muita coisa está disponível para
essa edificação (em vários sentidos).
Que possamos nos
utilizar do dom da leitura para edificar a nós mesmos e aos que nos rodearem.
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